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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Antes do teatro, uma salada de pêssego com alcachofra


Andava pensando que a vigência que advinha do sentido midiático da existência ou inexistência humana, só deve provir ou mesmo prover um sistema andrógino de satisfação gástrica nuclear. Obviamente oriunda de um catálogo transgênero de obsessão cármica subversiva e tântrica.


Por outro lado, o átomo átono do suculento dinotério banguelo, unta-se na medida de anos-luz de florescente chama passional de Valéria Valença, concupiscentemente ao desbunde amniótico da salamandra caolha do Afeganistão.


Contudo e não obstante, o anão abstrato convive simbioticamente com a aderência do muco no canal da mandrágora mãe e não percebe a relevância quimérica dos porquinhos da índia orientais. Obviamente absortos por um cenário de idiossincrasias metafóricas, a catacrese vive uma metonímia dentro de um platelminto.


Concluindo-se então, que a anta semiótica é na verdade uma discípula obscura e amarela, quase furta cor, de um primo primário pragmático. Ofuscando e beijando uns aos outros no sermão da morte dos pirilampos escarnecedores. Será uma constante bem variável no sinistro cemitério abissal de zumbis mongóis?


Essas demandas só elucidar-se-ão na apreciação delineada do sistema irrequieto essencial do plâncton amazônico, quando no momento de uma geada acrimoniosa, num ano bissexto, sendo outubro ou não. Corre se não te pego. Arminitien corpóreo bum bum bum!


sexta-feira, 24 de julho de 2009

“Impasse” de David Maitland




O prêmio Fotógrafo da Vida Selvagem é promovido pelo Museu de História Natural e pela revista BBC Wildlife.



sábado, 4 de julho de 2009

E rolou o VI Arraial do SESC e eu estava lá


(mais um post da série “eu vi”)



Estou tão feliz, gente! Testemunhei uma coisa maravilhosa acontecer e preciso compartilhar com vocês. Na madrugada de hoje, sábado, 04 de julho de 2009, saiu o resultado do VI Arraial SESC. A grande ganhadora do festival foi a Quadrilha Junina Sucupira, comandada pelo ator Márcio de Paula. Um triunfo da simplicidade e da imaginação.


A Sucupira é uma quadrilha jovem e despretensiosa do bairro de Mandacaru, com poucos recursos e muita criatividade. Com o tema “Luiz vem aí pra cantar e tocar pra nós”, emocionou todo o Ginásio do Liceu Paraibano, onde estava ocorrendo o evento, com sequências nostálgicas e felizes de homenagens ao rei do baião.


Sucupira na apresentação do VI Arraial do SESC - Foto usurpada do blog dos Quadrilheiros da Paraíba


Concorrendo com as super produções como a da Lageiro Seco e Paraíba, ícones deste tipo de folguedo, a Sucupira atravessa o caminho, apostando no sonho, na poesia, nas possibilidades cênicas da tradição popular, olhando para nossas raízes e nos lembrando que não estamos na Broadway e nem precisamos estar para fazer bonito.


Não que a Broadway não tenha seu valor ou seja linda, muito pelo contrário. Eu mesmo assisti Cats várias vezes... em vídeo, claro! Mas a Broadwa tem seu tempo e espaço. Não sei se quero vê-la fora de Nova York... ou do meu dvd.


Mas creio estar exagerando e diminuindo o mérito das grandes e luxuosas quadrilhas mais tradicionais. Elas tem seu valor e amei assisti-las também. Vibrei muito com o vigor e precisão da Mistura Gostosa de Campina Grande. Virtuosos sem ser banais. Uma quadrilha que tem algo a dizer.



A premiada Fazenda Lampião, que esse ano veio com o tema “Paraíba sim senhor na terra do algodão colorido e do caboclo sonhador”, vestiu seu mote e mostrou que não é atoa que é a 4ª melhor quadrilha do nordeste. Título recebido no Festival Regional de Quadrilhas Juninas desse ano.


Entre a beleza e a sofisticação, os excessos e equívocos, a “carnavalização” e a simplicidade, vi muita coisa bacana no Arraial do SESC deste ano. E vibrei e me emocionei diversas vezes. Ri, gargalhei, fiquei excitado e com os olhos marejados de lágrimas. O único sentimento que creio não ter experimentado nesses dois dias de festival, deve ter sido o tédio.



Vi o círculo do maravilhoso coco de Cabedelo querer virar quadrado numa apresentação belíssima da Fazenda Viana, vi a coreografia surpreendente da Lageiro Seco e da Moleka 100 vergonha, vi quadrilhas pararem de dançar para colocar ceninhas de casamento matuto desnecessárias e que só estragavam o que eles sabem fazer, vi a Sanfona Branca linda, experimentado novas possibilidades e apostando numa dramaticidade maior do folguedo, contando uma história completamente inserida na dança. Vi uma Rainha do Milho (da Nova Brasília) imensa em tamanho e formosura, distribuindo simpatia e sendo ovacionada pelo público, feliz da vida de apenas estar ali entre as “quadrilhas profissionais”.


Vi muita coisa, mas nada mais forte e bonito que a apresentação da Sucupira. Com dançarinos que dançam razoavelmente bem, com técnica o suficiente para nos emocionar. Com coragem de colocar em cena até um cadeirante, sem ser piegas ou explorá-lo inconvenientemente. Era um cadeirante e todo mundo viu e ele era mais um componente da quadrilha, fazendo parte de um todo uno. Isso sem falar de crianças, um boi de bem 10 metros de comprimento que surge do nada, e Seu Luiz... sempre presente, nos lembrando quem somos e o que realmente estamos festejando nas festas juninas.



Frases que eu disse ou escutei durante o período do festival:


“Não estou entendendo nada que eles estão falando...”


“Joht, para de falar que só tô escutando um timmmmmmmmmmm.”


“Vamos ser justos e tirar um décimo!”


“Isso é quadrilha ou escola de samba?”


Paraíba é show, mas não é o show que eu quero ver...”


“O público vem pra ver a Lageiro, depois vai embora...”


“Onde a Sucupira tem quadrilha o suficiente pra ganhar?”


“Tá pensando que elas tão te desejando? Elas só desejam um 10 seu!”


“A coreografia da Moleka 100 Vergonha é a mesma do ano passado.”


Não entendi porque vaiaram a Rainha da Sanfona Branca...”


“Onde vemos a classificação completas das quadrilhas?”


“Tô com medo da gente apanhar na saída!”





Entendendo melhor a quadrilha junina


Quadrilhas Juninas

Dançada em pares, seguindo o ritmo da sanfona e o comando das marcas ditadas por um organizador de dança, a quadrilha junina chegou ao Brasil com a Corte Portuguesa. Em louvor a São João, Santo Antônio e São Pedro, a dança do mês de junho também é em agradecimento às boas colheitas na roça.

A quadrilha deu seus primeiros passos nos salões da França entre os séculos XVIII e XIX, também foi dançada na Inglaterra e na França. Com passos afrancesados (anarriê –em arriére- significa ‘para trás’) e brasileiros, a exemplo de Caminho da roça e Balancê com seus pares, a dança embeleza as festa juninas e dá um show de cultura e tradição.

Os comandos tradicionais das quadrilhas juninas são:

Anavantur (En Avant, Tout) - cavalheiros tomam as damas e andam de mãos dadas até o centro do salão, encontrando-se com a fila da frente.

Anarriê (Em Arriére) - os pares, ainda de mãos dadas, voltam em marcha-ré até o ponto em que estavam e se separam, ficando cavalheiros em frente às damas.


Travessê de Cavalheiros (Travesser) - as damas ficam paradas e os cavalheiros atravessam o salão parando em frente à dama do outro par, cujo cavalheiro faz também o mesmo. Ao se encontrarem com as damas dos pares da frente, dâos-se os braços, fazem duas meias-voltas, indo depois para seus lugares.


Travessê Geral - as duas filas atravessam o salão ao mesmo tempo, cruzando-se no centro pela direita. Ao chegarem aos lugares voltam a ficar de frente para o par.


Balance com o par vis a vis- seguem somente os cavalheiros e ao se encontrarem com as damas, vão entrelaçando o braço direito no braço direito da dama. Dão duas voltinhas e retornam aos seus lugares, ficando de frente para o par.


Balancê com seus pares - cavalheiro de frente para sua dama. Ambos fazem o balanceio, sem sair do lugar.


Grande Chéne (Grand Chaíne) Creché ou Garrache - a dama dá a mão direita ao cavalheiro e este a mão esquerda à direita de outra dama e passam a trocar de mãos e de dama até que voltam a encontrar os seus pares.


Sangê (Changê de Dame) - os cavalheiros rodam as damas pela sua esquerda, passando-as para trás e a cada sinal do marcador, largam as mãos das mesmas e vão pegar as da sua frente até chegarem aos pares certos.


Beija Flor - os pares seguem até o meio do salão, as damas estendem a mão direita para o cavalheiro beijar.


Cortesia - os cavalheiros dão um passo para trás sem largar a mão da dama, ficando semi-ajoelhados. As damas dão duas voltinhas pela esquerda, os cavalheiros levantam-se e aguardam o próximo passo. CRUZ DE MALTA - os casais ímpares continuam rodando e os números pares vão-se infiltrando na roda, segurando-se nos punhos e formando rodas maiores. Os cavalheiros seguram nas mãos dos cavalheiros e as damas seguram nas mãos das damas, formando outro braço da cruz. Continuam rodando ao ritmo da música.


Passeio do Namorados - o par guia sai com sua dama pela direita, o par seguinte sai pela esquerda e os demais vão imitando. Quando se encontram novamente, formam uma fila única, depois uma roda no meio da sala.


Caminho da Roça - damas na frente, cavalheiros atrás, percorrem todo o salão, voltando aos seus lugares.


Aí Vem Chuva - todos fazem meia volta, marchando em sentido contrário.


É Mentira - Nova meia volta. Continuam marchando em roda.


Cestinha de Flores - as damas levantam os braços, passando-os por cima dos ombros com a palma das mãos para cima. Os cavalheiros que estão atrás seguram as mãos da dama e continuam a marchar.


A Ponte Caiu- os cavalheiros sem largar as mãos das damas, fazem meia-volta e seguem a marcha na frente das damas.


Ponte Nova- todos fazem meia volta pela direita sem largar as mãos das damas, continuam a marchar.


Damas ao Centro - damas formam a roda e os cavalheiros outra, por fora. Rodam todos no mesmo sentido, para a esquerda.


Arco-Íris - damas passam a roda para a direita, ficando as duas filas rodando em sentido contrário.


Damas em Roda - os cavalheiros entram para dentro da roda sem largarem as mãos. Damas fazem a roda por fora e todos começam a rodar pela esquerda, procurando seus pares.


Olha o Túnel- o par guia dá as mãos, levantando-as à altura dos ombros. O par próximo ao guia passa por baixo, e coloca-se ao lado, na mesma posição. Todos os demais pares fazem o mesmo.


Caracol - os pares fazem fila indiana e a dama do par guia começa a marcha em direção ao centro do salão. Quando o caracol estiver bem unido, todos esperam a ordem do marcador.


fonte: http://www.saojoaodecampina.pb.gov.br/geral/layout.php?subaction=showfull&id=1246545525&archive=&start_from=&ucat=3&


quarta-feira, 1 de julho de 2009

Vaidade de Rosana Hermann

(tentando cuidar de alguns amores meus...)

A história desse post começa quando recebi por e-mail uma mensagem da colega Adriana Zenaide. Uma linda mensagem sobre essa obsessão dos dias atuais com a busca de um “corpo perfeito”. Uma mensagem linda e lúcida escrita por Hebert Viana. Me emocionei! Não sei se por causa de alguns amigos contaminados por esse germe dos tempos atuais (germe CCE – germe do culto ao corpo esquálido), se por causa da morte de Michael e concomitantemente a morte da pantera Farrah Fawcett, ou mesmo, que é o mais provável, pela reação dos amigos a alguns quilinhos que havia perdido e que já tratei de encontrar... O caso é que por uma série de fatores multiplicadores, acabei descobrindo um caso de roubo autoral.

Para ser completamente sincero, a descoberta não foi minha, só descobri que já haviam descoberto. E também não foi nenhum trabalho investigativo. Uma coisa me levou a outra e terminei sabendo a verdade.

A mensagem que Adriana mandou veio no formato de jpg. Como assim que li decidi que iria postar aqui, salvei a foto no meu computador pra dar um tratamentozinho e upar pra cá. Só que quando fiz o uploud, a imagem veio muito pequena. Comecei então a procurar na net uma imagem com o texto em uma tamanho maior. Aí começo a desvendar o já desvendado, o que eu nem sabia, um mistério solucionado.

Mensagem enviada por Adriana Zenaide que inspirou tudo isso

Coloquei partes do texto com o nome do Hebert e sempre apareciam várias possibilidades para o crtl c crtl v, mas todos em formato de texto. Até que em um dos blogs que reproduziram a mensagem, eu percebi um recado que dizia: esse texto não é do Hebert, é da Rosana Hermann. Rosana Hermann? Quem danado é Rosana Hermann? Famosa quem? Mas ela é famosa sim. Não tanto quanto o cantor, mas é conhecida de todos nós. Quando vi a foto dela, reconheci na hora e me lembrei de altas risadas que já dei com ela, quando apresentava um programa aí, que nem lembro mais rsrsrsrsrsrsrsrssr


Rosana Hermann é Bacharel em Física pela USP, Mestre em Física Nuclear pela USP, radialista e jornalista, roteirista e redatora de TV desde 1983, apresentadora e repórter de TV, escritora e blogueira.

Comecei então outra pesquisa. Agora buscando a verdade sobre a autoria do texto. Primeiro descobri que a Hermann também é blogueira e que havia postado originalmente essa mensagem no seu blog. Depois descobri um ctrl c ctrl v de um desabafo dela sobre a loucura que é ter um texto roubado... um texto apenas não. Um sentimento roubado. E por maldade ou uma vontade torpe que o texto fizesse sucesso, modificado.

Pegaram o texto, colocaram um outro título, tiraram algumas partes, modificaram algumas palavras e colocaram uma frase do Hebert no final ("Cuide bem do seu amor, seja quem for...."). O texto virou sucesso na net e no mínimo, você já deve ter lido por aí. Mas vamos dar a César o que é de César, Hebert é maravilhoso, mas nem tudo que é belo foi escrito por ele. Creio que o coitado do Hebert nem sonha com essa história.

Depois daí ficou mais fácil. Achei o blog da Rosana e lá vi todos os originais. O do desmentido e o original que foi copiado e modificado. Compreendido tudo, me lembrei de minha vontade primordial: encontrar o texto no formato de foto. Maior sorte do mundo! A própria Rosana disponibiliza no seu blog, o seu post original no formato de texto e no de imagem. Gosto da Rosana! rsrsrsrsrsrsrsrsrsr

Então, depois de algumas horas de pesquisa, consegui e agora disponibilizo também pra vocês. Vamo pensar, galera. Tudo isso vale a pena? Pessoalmente, tô em paz comigo. Não foi nada agradável as pessoas comentando o quanto eu estava “magro e bem”. Sempre fui gordinho e tô comendo sem culpa. Que se foda a ditadura da beleza! Se eu emagrecer ou se eu engordar, vai ser naturalmente e com saúde. Mas deixa isso pra lá, o importante é o texto da Rosana: