Pois é, voltei a fumar. Passei 28 dias, como a Sandra Bullock naquele filme. Só que ela passa esse tempo se curando e eu... bem, eu não. Mas voltei a ver graça nas coisas, a gostar das pessoas, a ter gosto em viver. Mas se preocupem não que no próximo feriadão eu tento de novo e de repente até consigo de vez. Agora sei que é possível e que a dificuldade é grande, mas que dá para transpor esse oceano. É que deu câimbra no meio do caminho.
Não pensei nunca que conseguiria tanto tempo e alguns amigos, principalmente no trabalho, nem acreditavam que eu tinha parado. Rolava até um “Joht parou de fumar... aqui!”. Era foda, mas tudo bem. Tinha um companheiro em especial que era o mais carrego. Até baforada de fumaça ele dava em mim. Mas sei que era dor de cotovelo. Saudade do companheiro de fumo. Entendia ele.
A única vez que realmente me incomodou suas piadas foi no dia que culminou comigo voltando a fumar, que tinha sido especialmente estressante. Uma tarde no trabalho, que poderia ter sido maravilhosa, com um filme lindo, pipoca, chá de capim santo e biscoito recheado; terminou se tornando um inferno, com pessoas sem prestar atenção em nada, fazendo balburdia, sem o menor interesse no evento, sem nem perceber que a Monalisa sorria (o filme era “O Sorriso de Monalisa”).
A coitada da Julia Roberts lá dando um show como educadora e eu me sentindo o pior professor do mundo, no meio daquela confusão, com as pessoas interessadas em seus afazeres ou apenas pensando em comida. E eu no meio de tudo isso, sem poderes para parar o mundo e tentar fazer elas entenderem que ali havia uma obra de arte sendo apresentada... Aff! Lembra de “Um dia de Fúria”? Quando cheguei na integração, eu era o próprio Michael Douglas. Mas diferente dele, não peguei em armas, mas fumei meu primeiro cigarro depois de todo o sofrimento que passei para me livrar do vício.
Era o primeiro cigarro do resto da minha vida e a paz voltou a se instaurar. Tudo voltou a fazer sentido e eu cantei:
HaKuna Matata
É lindo dizer
HaKuna Matata,
Sim vai entender
Os seus problemas
Você deve esquecer,
Isso é viver
É aprender
HaKuna Matata
Depois decidi ir ao aniversário de uma amiga. Tomei uma com meus amigos ex-fumantes e me diverti muito!
Amanhã tem cinema lá no trabalho de novo. Como será que vai ser? HaKuna Matata! Amanha serei a Julia Roberts ou pelo menos vou tentar não ser o Michael Douglas, até porque não terei mais a desculpa da crise de abstinência, né?
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Pois é, voltei a fumar
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Se Beber, Não Case!
Pra dizer que não gostei de tudo, o título em português é podre. Meu sonho saber quem inventa esses títulos sem noção na nossa língua. “The Hangover” ou “A Ressaca”, numa livre tradução minha (com a ajuda dos tradutores da net), conta com muito humor a história de uma despedida de solteiro em Las Vegas, recheada de mistério e tem até a presença de Mike Tyson, que não macula o filme.
Os Padrinhos levam seu melhor amigo para brindar o inicio da noite no terraço do prédio onde estão hospedados. Depois disso já somos transportados para manhã do dia seguinte e aos poucos, vamos descobrindo junto com eles, o que aconteceu na noite passada. O caso é que nenhum deles se lembra o que se passou e o pior, têm que descobrir onde o noivo, que desapareceu, foi parar.
Juntando pistas e depoimentos de pessoas que eles encontraram naquela noite, eles vão descobrindo questões, como por exemplo, o que um tigre faz dentro do banheiro do quarto deles? De quem é o bebê que estava dentro do armário? Porque um deles, o dentista, esta sem um dente da frente? Como danado um senhor oriental pelado foi parar dentro do porta-malas do carro deles? São tantas descobertas e tantas foram as coisas que eles viveram naquela noite, que quando chega o final do filme, ainda não sabemos metades das coisas que ocorreram e muitas delas, como a presença de uma galinha no apartamento, pelo menos pra mim, ficou sem solução. Deve até ter, que o roteiro é muito bem fechado, mas eu perdi. Se alguém souber, por favor me diga!
O filme também dá muito destaque a importância que o pai da noiva dá ao carro que emprestou para eles viajarem e claro, muita coisa ocorre com esse carro e não há fechamento para essa questão... é, talvez o filme não seja assim tão bom... mas vale muito a pena ver! As vezes pensamos as coisas junto com os personagens, rapaz. Será que eu gostei tanto do filme porque sofro de amnésia alcoólica? Não, acho que não.
Mas calma, deixa eu tentar explicar o final, sem também sacanear de vez e entregar tudo. Quando o conflito principal tá resolvido já e só algumas peças do quebra-cabeça ainda estão faltando, eles descobrem um coisa e assim, nós, junto como eles, terminamos de entender tudo, saca? Não tudo, mas temos algumas pistas. Muito boa a ideia! Vocês precisam ver.
Uma coisa é certa, “Se Beber, Não Case” não é um filme que vai te deixar aborrecido. São muitas surpresas, risadas garantidas e sem apelações, sem exageros. Nada de “American Pie” ou “Top Gang”, nem se preocupem. Da mesma forma que gargalhamos, vamos entendendo as sacadas do roteirista e da direção. Muito massa ver como as coisas vão se construindo e é muito lindo a forma que os personagens vão se transformando até aquele final super funcional. Assistam!
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Vale do Paraíba
Gente, é ser muito burro, muito preconceituoso; sem noção demais, rapaz!
Aff! Sei não, viu?!
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Brüno
Assisti Brüno, mais um filme do ator e comediante inglês Sacha Baron Cohen. Assim como Borat, este novo filme também é inspirado em mais um dos personagens sem noção desse artista. Pena que dessa vez a dose foi um tanto cavalar...
A falta de noção e inocência de Borat é substituído pela arrogância ignorante e a exacerbação sexual em Brüno. A fama a todo custo, os modismos, a adoção de crianças africanas, a exploração do trabalho latino e muitos outros questionamentos que o filme lança, se misturam a um roteiro frágil, muito frágil...
A crítica a banalização do ato sexual é também muito forte. Há várias cenas toscas de sexo, com e sem objetos. O protagonista, um jovem gay, tenta transar com quase qualquer coisa de calças que surge na sua frente e a questão da sua orientação sexual é o grande gancho para o desfecho do filme. Uma das cenas mais toscas é a do clipe final do programa piloto de Brüno nos Estados Unidos: uma dançinha peniana horrorosa! Isso mesmo, Bruno, sem conteúdo para o seu programa, decide fazer algumas acrobacias com seu pênis. Um horror!
Pois é, acho que não gostei do filme. Achei de mau gosto, mas tem seu valor. Vejam e decidam. Eu não achei engraçado, mas concordo e entendo a crítica do filme aos povo que tão transando com gatos e cachorros por aí; se gravando no banheiro para ter 15 minutos de fama; que conteúdo, atualmente, não é gênero de primeira necessidade nem na vida pessoal, nem na comunicação, nem na arte, mas não creio que esse filme some na solução, diferente de Borat, fazendo rir ou refletir. Refletir talvez, mas só um pouquinho...
:)