E eu estava lá
Pois é, tivemos mais um ano do festival competitivo promovido pelo SESC João Pessoa. O Poesia Encenada encarou com muito sucesso sua quinta edição entre os dias 12 e 14 deste mês; premiando poetas, atores e espetáculos. Foram ao todo oito premiações. Os melhores até o 5º lugar, a melhor poesia e o melhor interprete levaram R$ 1000,00 pra casa. Ainda houve um prêmio surpresa, o de Revelação do Festival, que foi para Fugindo do Horizonte do jovem Gustavo Limeira.
Pois é, tivemos mais um ano do festival competitivo promovido pelo SESC João Pessoa. O Poesia Encenada encarou com muito sucesso sua quinta edição entre os dias 12 e 14 deste mês; premiando poetas, atores e espetáculos. Foram ao todo oito premiações. Os melhores até o 5º lugar, a melhor poesia e o melhor interprete levaram R$ 1000,00 pra casa. Ainda houve um prêmio surpresa, o de Revelação do Festival, que foi para Fugindo do Horizonte do jovem Gustavo Limeira.
Fugindo do Horizonte, defendida pelo Grupo Skena, com direção de Flávio Ramos
Vimos de tudo no festival. Coisas ruins, claro, mas muito coisa interessante também. Pessoalmente tive gratas surpresas. Vi Kassandra Brandão defendendo com duas amigas um poema, numa performance leve e sem maiores pretensões, indo pra final e com muita dignidade dando conta do recado. Vi Thardelly Lima vencer o festival levando o primeiro lugar e o prêmio de melhor interprete; sozinho em cena, dominando o público e suas potencialidades corpóreo-vocais, nos colocando no bolso boquiabertos. Vi meu grupo (Grupo Graxa de Teatro) passar pra final com as três poesias que estávamos defendendo. Vi Vladimir Santiago no primeiro dia de eliminatória, lindo em cena, e infelizmente não indo pra final...
Amanda Nunes, Priscila Six e Kassandra Brandão, interpretes de Meu Sonho Azul
Vi Belinha, uma menina que em meados de 2002/2003 estreou na Feira (direção de Humberto Lopes) junto com Joevan Oliveira e Roberta Lígia, de novo em cena e pensei, que bom ela se dar novamente a chance de voltar a fazer teatro. Vi Helisa Cavalcanti se permitindo voar sobre novos horizontes e ser selecionada para participar do festival com sua poesia. Vi meu filho e Cinthya Nascimento, amigos de Helisa, tentando defender o poema da amiga. Vi Márcio Barcelar muitas vezes em cena e em várias versões. Vi meus concorrentes, meus colegas de oficio, preocupados e tentando abafar o som de um celular que tocava sem parar durante uma de minhas apresentações... por um acaso, o meu celular.
Me vi correndo, morto de fome, já de figurino, tentando fazer uma boquinha no coquetel de lançamento da exposição Palavras Compartilhadas e olhar de lado e ver que os outros participantes tiveram a mesma idéia. Vi Ingrid Trigueiro e Zé Hilton, cansados da correria do dia a dia e mesmo assim atenciosos à maratona de julgar 34 trabalhos. Vi Diocélio Barbosa, também jurado, nos presentear com seu palhaço super engraçado.
Trupe Arlequin abrilhantou o festival
O mais legal desses eventos, além do fomento cultural, é o grande encontro. Poetas, atores, diretores, músicos, todos juntos num mesmo espaço, trocando idéias e reverenciando a arte. Claro que bebemos, conversamos besteiras, torcemos pelos amigos, lamentamos algumas asneiras, mas tenho certeza que as sementes plantadas nesse evento crescerão como ciprestes gigantes.
Eu fico escrevendo e lembrando das coisas. As emoções. A primeira e mais forte creio ter sido quando momentos antes de entrar em cena com Sulcos, Cotidiano... Michel Costa, o autor da poesia que eu e Mayra Montenegro estávamos representando, animado, fotografando os bastidores, sem querer, tropeçou na garrafa de vinho que iríamos usar na performance. O bichinho! Parecia que o mundo tinha acabado. Eu no mesmo momento pensei, vai no faz de conta mesmo e vai funcionar. Cely Farias, coordenadora do nosso grupo, em meio ao rebuliço que se formou, já vinha com uma latinha de Fanta Uva, quando Michel usando seus super poderes de músico-poeta-concorrente se teletransportou pra algum lugar do mundo e voltou com uma nova garrafa de vinho. Claro que não era o Piagentini que Mayra havia comprado, mas quem não tem cão, caça com o Padre Cícero mesmo. Foi tudo e deu tudo certo e em meio a tudo isso aprendi que tomar uma latinha de Fanta Uva não mata ninguém, principalmente no calor que fazia naquele momento.
O mais engraçado foi que no dia da final, para prevenir qualquer acidente com a garrafa, colocamos previamente o vinho dentro do liquidificador e o deixamos num canto seguro da coxia. Seguro? Estou bem bonitinho me arrumando do outro lado do SESC quando o Zebra (técnico de teatro do SESC) chega perguntando se estamos com algum problema com Dionísio: “Eu ainda tentei segurar o copo, mas foi tarde demais”. Onde estava Michel com seus super poderes? Tinha avisado que não poderia ir por que estaria trabalhando. O que fazer? Olhei para Joevan (companheiro do Graxa) e perguntei: Joe, tem dinheiro aí? Compra ali duas latinhas de Fanta Uva que chegou o dia dela! Pior que Mayra tinha comprado um vinho mais caro ainda para a final. Nem lembro o nome agora... Também não importa. Deixamos a Fanta aberta até segundos antes da apresentação pra tirar o gás e novamente deu tudo certo. Afinal eram apenas “uvas e uma lembrança” (trecho de Sulcos, Cotidiano...).
Adriele Daniel e Joevan Oliveira em Beijo Dobrado de Sandoval Fagundes
Outro momento marcante que fica se repetindo na minha cabeça, foi o anúncio dos finalistas do primeiro dia. Nós estávamos todos juntos. Tantos os componentes do Graxa, quanto os poetas por nós representados e vários amigos próximos. Muita emoção os três trabalhos irem pra final. Abraços, gritaria... Uma super vitória para o nosso grupo... mas modéstia a parte Sulcos, Beijos Dobrado e Flor de Mandacaru estavam lindos mesmo.
Flor de Mandacaru de Ely Porto, com Cely Farias
O festival teve um crescimento enorme da sua ultima versão para a desse ano. Tínhamos até um palquinho bacana com o mínimo de infra-estrutura. A organização foi super bem comandada por Chico Noronha e Ronaldo Zebra. Tomara que os meninos continuem assim e que ano que vem seja ainda melhor. Curti muito o lance das premiações, a forma e as quantias oferecidas. Existe um festival parecido em Varginha - MG, que inclusive está com as inscrições abertas, mas as premiações não chegam nem aos pés da nossa. Pra quem se interessar: www.vivaculturavga.com.br.
Eu e Mayra Montenegro em Sulcos, cotidiano... de Michel Costa
Pois bem, gente; acho que por hoje é só. Um grande beijo no coração de todos e que venham outros eventos como esse, não é?
Ah! Beber vinho ruim e Fanta Uva valeu a pena também por Sulcos ter ganhado o prêmio de melhor poesia... deu um sabor todo especial! rsrsrsrsrsrssr
Notícia que achei na net sobre o resultado final do Festival Poesia Encenada:
Cultura
Sexta, 15 de Maio de 2009 - 11h06
Sexta, 15 de Maio de 2009 - 11h06
Sai ganhadores do V Poesia Encenada
Uma mistura que vem dando certo entre as artes de escrever poesia e encenar teve sua coroação na noite da última quinta-feira (14) com a final do V Festival de Poesia Encenada, promovido pelo setor de cultura do Serviço Social do Comércio, Regional da Paraíba. Melhor poema para Michel Costa com 'Sulcos, cotidiano'; melhor intérprete Thardely Lima com 'Esperar'; e revelação para Gustavo Limeira com 'Fugindo do horizonte'.
A noite da disputa final, que ocorreu na Área de Lazer do Sesc Centro, contou com muitas atrações como apresentações do projeto Leituras em Cena, que apresentou dramatizações da peça de Miguel Falabela e Maria Carmem Barbosa, “Submarino”, com direção de Larissa Hobbi; abertura da exposição “Palavras compartilhadas”, da artistas carioca Rosana Ricalde; lançamento do livro “Plumagem” de Fidélia Cassandra, com apresentação do jornalista Astier Basílio; e, por fim, a encenação das 16 poesias finalistas.
Os oito troféus foram entregues “Esperar” de Ricardo Lucena (1º lugar); “A daga dos Severinos quando o Sertão virou mar” de Misael Batista (2º lugar); “Terra do nunca” de João Araújo (3º lugar); “Alegoria de vida” de Jerônimo Vieira (4º lugar); “A saga do poeta oferecido” de Ranieri Marques (5º lugar).
Para o vencedor da noite, Ricardo Lucena, que sua poesia e intérprete escolhidos como melhor obra, “a importância do SESC em promover um festival como esse só engrandece o lado cultural do estado da Paraíba, pois existem bons autores e atores, e unir as duas artes é o ápice de promover a cultura como fonte do saber”, revelou o poeta após receber a premiação.
A comissão julgadora foi composta por Diocélio Barbosa (ator); Dudha Moreira (atriz); Ednamy Cirilo (representante da Associação Anjo Azul); Ingrid Trigueiro (atriz / arte educadora); Mabel Dias (poeta / jornalista); Petra Ramalho (chefe da Divisão de Literatura da FUNJOPE e mestra em Teoria Literária); Políbio Alves (poeta / representante da entidade cultural Cuba-Brasil); Zé Hilton Souza (ator e grupo Ser Tão Teatro); José Tonezzi (professor da UFPB); Fidélia Cassandra (cantora / escritora); Suellen Brito (atriz e grupo Ser Tão Teatro).
Lista de apresentação das poesias finalistas:
Esperar (Ricardo Lucena)
Fugindo do horizonte (Gustavo Limeira)
Flor de mandacaru (Ely Porto)
Terra do nunca (João Araújo)
Palhaçada (Heleno Júnior)
Perdigueiros do acaso (Valmir Neves)
A saga de um poeta oferecido (Raniere Marques)
Alegoria de vida (Jerônimo Vieira)
Sulcos, cotidianos (Michel Costa)
Meu sonho azul (Priscila Six)
Advinha (Ângela Mendes)
Aprendi com a chuva (Chico Viola)
Beijo dobrado (Sandoval Fagundes)
A saga dos Severinos quando o Sertão virou mar (Misael Batista)
Gênese (Jerônimo Vieira)
Discurso da pele (Lau Siqueira)
Da Assessoria de Imprensa do Sesc Centro
FONTE: http://www.portalcorreio.com.br/entretenimento/matler.asp?newsId=81857
Owww Joht! Amei ter sido citada aqui no seu blog. Tb adorei participar do poesia encenada, foi a primeira vez.. enfim! Adorei ver todos vocês lá e tb gostei muito da premiação.
ResponderExcluirUm beijo pra vc que estava lindo junto com Mayra em "sulcos cotidianos". Parabéns pelo prêmio.
Beijão!!!!!!!
Tãaaao bom fazer o "sulcos" contigo, querido esposo! Maravilhoso mesmo, tão rápido, tão curtinho, mas muito intenso! Bjão!
ResponderExcluirGente, o que falar... Uma poesia em prosa dessa, ou seja, uma 'proesia', uma atitude cheia de carinho assim é pra deixar assim, riso, só riso, parte in-dividual espelhada pela alegria...
ResponderExcluirObrigado Joht, Obrigado Mayra, Obrigado Cely, Obrigado Joevan, Obrigado Dodora, enfim, todos vocês...
Me trouxeram mais risos, e mais risos, mais versos e, além disso, trouxeram novos elementos para a vida, uma forma até mesmo de acreditar mais em minhas próprias palavras...
Há braços!!!
Kd Jojo?
ResponderExcluirTEM 3 NOVAS POSTAGENS A CAMINHO, MAS É SÓ UMA QUESTÃO DE TEMPO (MEU E DAS PESSOAS) PRA POSTAR E ORGANIZAR...
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