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domingo, 28 de junho de 2009

O Clube da Luluzinha entrevista Mayra Montenegro

O Mal Traçadas Linhas, livremente inspirado por um outro gordo, trás de volta o Clube da Luluzinha, agora como entrevistadoras: Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! E ainda acrescido por mais uma componente, a glamourosa e polêmica Flávia Alencar: Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! E a primeira vítima delas... quero dizer, a primeira feliz entrevistada é nada mais nada menos que a atriz, cantora, escritora e mãe Mayra Montenegro. Componente do Grupo Graxa de Teatro e vocalista da Banda Evabrawn, Mayra faz teatro desde o útero materno. Filha de teatreiros, ultimamente tem atuado em performances, paixões de cristo e comerciais para televisão, além de cantar em diversos bares e boates da cidade.

Banda Evabrawn

MTL: Seja bem vinda ao Mal Traçadas Linhas, Mayra. Será que esqueci de alguma coisa sobre você?

Mayra: Olá MTL, adoro esse blog! Oi, meninas! Adoooro vocês, AMIGAS! (Peguem leve comigo! :D) Respondendo...Acho que você disse tudo. Não tem como eu inventar fazer mais alguma coisa! Sonhos não faltam, mas falta tempo, falta grana...

MTL: Agora é com vocês, meninas. Qualquer coisa eu me meto no meio rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs.

(silêncio... elas se entreolham)

Flávia: olá... Boa tarde... Seja lá que hora seja! Sou eu, a Glamourosa (dito por joht). Mayra, querida! Prazer falar com você... Eu gostaria de saber se você sofre do complexo de Gabriela Duarte (ela também deve morrer de medo) ou a senhora tá mais pra Fernanda Torres que dá mãe herdou apenas o talento e a beleza?

Mayra: (Ai, começou!) Flavinha, tem horas que eu sou a super Fernanda Torres. Confio no meu talento, me acho linda, ando pelas ruas ouvindo o fundo musical: "Pretty woman, walking down the street"...(música tema do filme "Uma Linda Mulher"). Mas tem dias que afe maria! Sou a Duarte, a Gabriela. O espelho chato e inconveniente me mostra todos os defeitinhos, os neurônios não conseguem se comunicar, é um horror! Vontade de não fazer nada, de procurar emprego num shopping, ou voltar a dar aulas de inglês e esquecer esse negócio de ser artista, arteira, atrevida, enxerida, sei lá! É quase um transtorno bipolar! kkkkk

Kassandra: Olá meninas. Que coisa boa tá mais uma vez nesse bate papo aqui no MTL e no Clube das Luluzinhas. Boas vindas para as recém chegadas (que sempre foram do grupo) hehehehe. Então... vamos lá, né? Mayra... tudo bem com a senhora? A minha pergunta é: Você que é uma mulher jovem, bonita e mãe, acha que é difícil ter um relacionamento já tendo um filho de outro casamento? Como é essa situação pra você?

Mayra: (Ui!) Oi, Kassy! É difícil, sim. A falta de grana, de liberdade pra sair ou viajar na hora que quiser, a preocupação com Gabi não me ver namorando demais, ou dela se apegar a um namorado meu e depois sentir falta dele quando o relacionamento acabar... muitas coisas pra pensar antes de assumir um namoro. Tem que ser uma pessoa bacana, que curta minha filha, porque ela é parte de mim, que esteja a fim de participar da minha vida assim.

MTL: Brincando um pouco com o espaço-tempo-genética, você acha que poderia ter esperado mais um pouco pra Gabi vir ao mundo? Claro que sabemos que não se arrepende de ter tido ela, mas se Gabi surgisse uns sete anos depois, seria melhor pra você e pra ela?

Mayra: Pois é, claro que não me arrependo de ter tido minha princesa! Mas o ideal seria ter filhos com uma pessoa mais certa pra mim, quando já tivesse terminado a facul e tivesse um emprego massa...quando tivesse viajado mais um pouco, quando tivesse mais maturidade. Deixa pra próxima, ou próximo! rsrsrs

Flávia: A senhora é uma mulher do tipo mignon, que cresce e se agiganta no palco. Esse é o seu lugar para a transformação na Mayra-Mulherão ou a senhora é assim em outros locais?

Mayra: Hummm...Em outros locais também. No chão, no mar, na lua, na poesia...rsrsrs

Flavia: Você antes era vista como a “evangélica careta”... Essa sua transição até mesmo rápida foi em decorrência de que? Mudar te fez bem? Como anda a sua espiritualidade?

Mayra: Na verdade eu nunca fui a evangélica careta. Eu sempre fui essa pessoa que eu sou hoje, por isso não consegui viver dentro do regime igrejal. Agora que eu posso ser eu mesma, minha espiritualidade está muito bem.

Flávia: Falando um pouco da sua carreira agora, vc acredita que consegue enganar alguem dizendo que usa da INTEGRAÇÃO Que interliga Santa Rita E Bayeux? Minha mãe te acha linda, mas deu uma matada na sua beleza e na sua pele bonita rsrsrsrsrsrsrsrs



Mayra: Mulher, eu uso a integração daqui, de João Pessoa, serve? rsrsrs Beijo na sua mãe!

MTL: Eu acho que não entendi direito; Gesse, mãe de Flávia, insinuou que quem usa a integração não tem a pele bonita? Foi isso mesmo? É uma regra, é? A pessoa além de pobre tem que ser feia, é? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Mayra: Eu acho que rolou uma insinuação...mas enfim...(sem saber o que dizer). rsrsrs

Flávia: Eu vou até ficar calada com essa! rsrsrsrsrsrsrsr

MTL: (ignorando que Flávia faz caretas) Mayra linda, Convivendo a algum tempo com o Graxa e também há pouco tempo com a Evabrawn, já dá pra fazer um paralelo com a questão da convivência grupal em um e em outro? Qual a diferença de estar num grupo de teatro e numa banda?

Mayra: São pessoas bem diferentes, de mundo diferentes. No graxa, no mundo do teatro, são pessoas mais desinibidas, "sem-vergonha" em todos os sentidos! (kkkk) O teatro é a paixão e é o trabalho. Temos gostos e visões mais parecidas.
A Evabrawn é formada por pessoas "normais" (rsrs), que têm diferentes carreiras e empregos e a música é encarada mais como um hobby, mas com seriedade e empenho também.

MTL: Mayra sonha em trabalhar com quais diretores da nossa cidade que ainda não teve o prazer de trabalhar? Quem são os encenadores de João Pessoa que enchem seus olhos?

Mayra: Por incrível que pareça, minha mãe!! kkkkkkkk

Maria Canta a Paixão
MTL: Bem vinda ao Clube! kkkkkkkkkkkkkkk

Mayra: Ela me dirigiu quando eu era criança, nos espetáculos "Ai, Meu Dentinho" (1985); "A Estória da Tonta Baratinha" (1987) e "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá" (1992).
Meu sonho é trabalhar com ela agora, depois de grande! Venho aperriando muito ela pra isso! rsrs

MTL: Agora você é atriz e diretora de elenco. Shakespeare veio e disse que a senhora podia escolher dentre nossos colegas pessoenses, entendeu? A senhora é Desdemona, quem é seria seu Otelo e quem é seria Iago? Depois a senhora é Ofélia e tem que decidir quem fará a rainha Gertrudes e Hamlet e, pra finalizar, diga quem faria sua Ama e seu Romeu, a senhora fazendo Julieta.

Mayra: Ai ai ai...difícil! Mas vamos lá:
Otelo: Joevan Oliveira (não só pela cor de mouro, rsrs)
Iago: Joe ficaria ótimo de vilão também ou Thardelly Lima (só dá Graxa! rsrs).
Rainha Gertrudes: Eleonora Montenegro (fã incondicional da mãe, não tem jeito).
Hamlet: Joht Cavalcanti (querido esposo sempre, rsrs).
Ama: Ingrid Trigueiro, Fabíola Morais, Dudha Moreira...Lembro de Madalena Acioly fazendo a avó da baratinha, era muito engraçada, poderia ser a ama também.
Romeu: Uma pessoa não tão conhecida do meio artístico, Lucas Peregrino. Ele fez teatro quando estudava no Pio X e no Unipê. Nunca o vi atuando, mas acho que faria bem bonitinho! Estou tentando convencê-lo a voltar aos palcos (levando o bichinho pro mau caminho, kkkkkk)!

MTL: Tô me sintindo tão dinamarquês rsrsrsrsrsr. Adoraria fazer, minha velha. Mas vamos continuar. As meninas tão muito caladas... Cadê as meninas? Adeilma? Ingrid? Roberta? FERNANDA?! Kassandra não tava aqui quase agora, nera? Oxe! Cadê Flávia? Foi todo mundo embora? Mayra, perdão. Creio que foi o chamado junino. Esse cheiro de fumaça deixa os nordestinos doidos. rsrsrsrsrsrsrs A essa altura o Clube já devem estar todo em algum pan nan nan nan, pan nan nan nan rsrsrsrsrsrsrsrsr

Mayra: Pois é...Cajazeiras, Bananeiras, Patos e não sei mais onde. Eu fiquei em casa mesmo, com o pezinho pra cima. Machuquei um dedo no ensaio da nova montagem do Graxa! :(

MTL: Vamos então aproveitar que estamos sós e que você é minha eterna querida esposa e vamos à rapidinha.

Mayra: Hummm...adoro! kkkkkkkk

MTL: Amor?

Mayra: Família.


MTL: Ser mãe ou ser filha?

Mayra: Só consigo ser mãe porque sou filha, e minha super-mãe sempre me acode!

MTL: Ódio?

Mayra: Não, não...sem cultivar sentimentos negativos. Não faz bem pra alma, pro corpo, nem pra pele!

MTL: Um apêndice (aquele órgão inútil que se tirar não faz falta)?

Mayra: Pegando o gancho da resposta anterior, não faria falta esse tipo de coisa. Ódio, inveja, arrogância, prepotência, ambição, orgulho, vaidade...tô falando de tudo exagerado, né?

MTL: Namoro?

Mayra: Companhia, muita amizade, liberdade, paixão, tesão, fantasias...tem que ter isso tudinho.

MTL: Arte?

Mayra: Necessidade.

MTL: Cantar ou representar?

Mayra: Representar cantando ou cantar interpretando.

MTL: E pra finalizar, Michael Jackson?

Mayra: Hein??

MTL: É que ele morreu, eu acho que a gente devia falar nele... :/

Mayra: Nunca fui fã. Sempre tive um pouco de pena dele. Acho que devia ter feito um tratamento psiquiátrico seríssimo.

MTL: Mayra, obrigado por suas palavras no Mal Traçadas Linhas. Um Grande beijo minha linda. Obrigado também ao Clube da Luluzinha, que volta mês que vem com mais uma entrevista.

Mayra: Aaaah, adorei! Foi até melhor as meninas terem viajado, aí não pegaram tão pesado comigo! rsrsrs
Beijos em todas e em você, querido esposo!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Pintei o meu cabelo, me valorizei. Entrei na academia, eu malhei, malhei...



Pois é, galera! Por enquanto nada de postagens novas (fora essa). Estive dodói e não deu pra postar nada novo. Mas em compensação o blog tá de cara nova e cheio de recursos. Antes de falar das novidades, deixa eu logo avisar que vem por aí uma super-mega-ultra entrevista com uma cantriz que todos amam e vocês não perdem por esperar. Vem surpresa por aí!


Mas vamos falar das novidades. Pra começar, mudei aquela cor opaca pra esse amarelo-ai-minha-vista. Não ficou tudo nessa vida? Depois enchi a lateral esquerda com um moi de coisas bacanas e que posso alterar e melhorar a qualquer momento. Qualquer sugestão é bem vinda. Nem tudo depende de mim, mas eu dou o caminho e a Google vai atrás... As vezes não acerta bem o que eu quero, mas é bem esforçadinha.


Por exemplo, os vídeos sugeridos aí de lado. Eu não escolhi eles um a um, eu coloquei “teatro, música, João Pessoa” e mais um moi de coisas, aí ele busca os vídeos com essas referências e disponibiliza aqui na página. Pura coincidência aparecer tanto vídeo comigo, juro!


Os papeis de parede da mesma forma. Eu dei uma indicação e eles vão atrás. Mas vi alguns bem bacanas. Até mudei o meu! Eu também não sei se é papel de parede o nome certo... na verdade não sei a diferença de wallpaper, plano de fundo e papel de parede. Eita! Perai, meu cérebro começa a funcionar... wallpaper é papel de parede em inglês! Caramba, meu mundo caiu!


Coloquei uns sites bem legais e úteis, que depois vou incluindo outros com o tempo e com as sugestões de vocês. Aloquei pesquisa, marcadores e o arquivo do blog, para quando quiserem procurar algo, não perderem tempo procurando... e tem também umas vaidades minhas, né? Bem poucas e bem boas.


Ah! Já ia esquecendo de falar do contador de visitas e do apontador de usuários online. Amei isso. Preciso de público! Sou movido a público. Saber essas coisas me motivam demais! Meu sonho ter descoberto isso desde o início. E não, não é retroativo. Uma pena!


Pois bem, fiquem a vontade. O blog, pseudo-portal-multimídia, é de vocês. Divirtam-se!


Será que esqueci de algo?



domingo, 14 de junho de 2009

O Mal Traçadas Linhas também é Coluna Social



Ontem, 13 de junho, aconteceu no bairro de Manaíra, uma festinha junina em comemoração a Santo Antonio, nas dependências da mansão da atriz Roberta Lígia. Com direito a comidas típicas, ornamentação e trajes típicos, a festa marcou o primeiro semestre do ano, como a festa mais pow, pow, pow, pow, pow.


Cely Farias e Flávia Alencar em meio a fumaça dos fogos


Não só pelos fogos de artifícios jogados, mas pela magistral organização e simpatia que envolveu toda a noite. Soltamos peitos de velha, traques e chuveirinho; comemos canjiquinha, pamonha e arroz doce. A pipoca com sazon e orégano foi uma surpresa a parte. Todos amaram e as bacias rapidamente esvaziavam.


A anfitriã


A anfitriã, toda paramentada, deixou todos a vontade e nos divertiu com suas leituras performáticas do correio elegante. Muitos torpedos foram enviados e a maioria terminavam com o “beija, beija, beija...”, puxado pelos convidados já tomados de quentão ou qualquer coisa equivalente.


O casal Schmitt


Ensaiamos fazer uma quadrilha, mas a falta de prática com o folguedo não nos deixou concluir nossa empreitada. Mesmo assim houve quem dançasse o bom e velho forró pé de serra, somando ao cheiro de pólvora queimada, o fogo dos corações apaixonados daquela noite.


quinta-feira, 11 de junho de 2009

Salgadinho Surpresa: A Revelação do Segredo





Depois de anos de segredo, hoje revelarei a receita secreta do meu famoso Salgadinho Surpresa. Pra quem não conhece, trata-se de certos bolinhos salgados (na maioria das vezes) que costumava fazer e levava para luaus e festinhas afins. De visual arrojado, causava certo espanto a principio, mas logo que o primeiro corajoso se aventurava em se deleitar, o grupo se arvorava de tal modo que eu nunca trouxe um de volta para casa! Fazendo uma má comparação, era a Farofa de Joalisson de outrora.

Essa delícia da Nouvelle Cuisine contemporânea de João pessoa, surgiu, como todo grande prato, da falta de grana mesmo. Para contribuir com nossas frequentes reuniões festivas, peguei a base de qualquer bolo e misturei com o que havia à mão. A surpresa do salgadinho, além do sabor inesperado, já que nunca se sabia ao certo o que podia se esperar, consistia também, em ter a agradável surpresa de achar algum recheio.



Isso não é um Salgadinho Surpresa nunca!

Mas chega de conversa e vamos a receita. Em uma vasilha razoavelmente limpa misture: farinha de trigo, leite, manteiga, ovos e sal (se não tiver um desses ingredientes, faça do mesmo jeito, mas eu não garanto o pipoco do trovão). Mexa até atingir uma consistência homogenia. Não se preocupe se ela ficar um pouco rala. Se isso acontecer, taque mais farinha e continue mexendo e acreditando. Agora olhe ao redor na cozinha e procure algo pra dar sabor a essa massa. Pode ser aquelas cinco azeitonas do fundo do pote, misturada com o restinho de milho da caixinha e uma ou duas chiringadas de mostarda (se quiser pode ser mais, que mostarda não engorda). Não tem na sua casa esses ingredientes? Não tem problema. Vamos apostar em outros temperos. Tem ervas finas? Taca lá elas! Todas elas! Também não tem? Taca cominho mesmo. Aproveita e coloca colorau também, que já ajuda na cor. Molho de tomate também é uma opção que utilizei com muito sucesso várias vezes. Ainda assim você não tem o que misturar? Tudo bem, faz um refogadinho de tomate, cebola e pimentão, que também funciona. Alho! Alho é tudo nessa vida e ainda combate infecções. Pode pôr também.

Pra os povo não sair falando que não havia recheio, você pode investir ou não, porque a essa altura, já deve tá uma delícia (acredite!), em alguma proteína animal. Qualquer coisa que já tiver frita na geladeira: carnes vermelhas de qualquer tipo, frango, peru... o que seja! Pegue um pedaço razoável (não pegue tudo, pois sempre tem o dia de amanhã) e pique bem pequeno. De um tamanho que dê pra reconhecer o que é, mas sem desperdício. Lembre que tem que render!

Não tem nada de proteína animal na geladeira? Olha lá no armário e procura a velha e boa sardinha. Sardinha sempre funciona! Achou? Ótimo! Agora misture tudo. Qual a consistência da massa? Se ela tiver grossa, você mela a mão com óleo ou margarina e começa a fazer os bolinhos multiformes. Pera! Esqueci de um ingrediente importantíssimo, o fermento. Ponha fermento! Fermento faz crescer e pode ter muita gente na festa. Aproveite e diminua o tamanho dessas bolinhas. Pronto, agora é só fritar com bastante óleo (ou assar no forno) e deixar do douradinho para o queimado. Cuidado para dentro não ficar cru, heim?!

Pensou que eu esquecer de você que não conseguiu uma massa mais grossinha? Não! Já passei por isso e nunca deixaria você na mão. Seguinte, ela não pode tá muito liquida não. Tem que tá pelo menos um oitavo acima da textura de massa de bolo. Melhor dois oitavos acima. Tá ótimo, não mexa mais. Agora ponho o óleo para ferver (com a massa nessa consistência, não dá pra ir ao forno... ou dá? Mas se for fazer, acho melhor fazer uma peça única, como se fosse uma torta salgada), quando o óleo tiver bem quente, já fazendo a dança do óleo fervente, mele uma colher nesse óleo e tire uma pequena porção da sua massa e com cuidado derrame para fritar. Sempre quando for colocar uma nova colherada, lembre de untar a colher no óleo fervente para a massa não grudar, heim?!


Nachos nunca mais!

Como você deve estar notando, as mais diversas formas estão aparecendo, não é? Tudo bem, faz parte do prato Salgadinho Surpresa, as surpresas na forma que ele se apresenta também. Agora é só deixar esfriar e se deleitar com essa experiência impar.

Pra terminar, deixa eu dar dois toques. Quando for fritando, vá logo comendo alguns pra saber se tá gostoso. Caso não esteja, invista em melhorias. Seja criativo e acredite! O segundo toque é sobre o momento da festinha que o prato é mais indicado. Deixe mais para o final da festa. Sabe quando todo mundo já tá na larica e já acabou qualquer coisa sólida? Pronto! É o momento perfeito para oferecer. No mais, não beba muito pra no outro dia não ter nenhum problema estomacal e depois pôr a culpa no meu salgadinho.

terça-feira, 9 de junho de 2009

HÁ ESPERANÇA PARA A FUNESC?

Alinhar ao centro

ROLOU UMA REUNIÃO E EU ESTAVA LÁ!


Maurício Burity (única foto que achei na net)


Ontem, segunda, 08 de junho, rolou uma reunião com a galera de teatro, convocada pelo novo presidente da FUNESC: Maurício Burity. O filho do ex-governador Tarcísio Burity, cuja administração foi responsável pela implantação do Espaço Cultural José Lins do Rego, queria escutar a classe sobre nossas reivindicações e anseios quanto aquele equipamento do governo.


A reunião que se desenrolou por cerca de três horas, começou com uma explanação sobre a infra-estrutura ou a falta dela, que já é de conhecimento de todos e a falta de recursos próprios da fundação, após um “rapa” realizado pelo último governo.



Nas palavras do presidente, são necessários dois cheques, um para reforma e outro para realização do FENART, que é o maior evento de arte do nosso estado e que já havia sido noticiado que não aconteceria também esse ano.


Me pareceu que há uma boa vontade do senhor Maurício de fazer as coisas funcionarem direito desta vez. Começando com o chamamento à classe teatral e pela forma despojada que a reunião aconteceu.


Fernando Teixeira foi o primeiro membro da classe a falar


Realizou-se inscrições para falas (que as vezes não foram respeitadas) e várias questões foram colocadas em foco, desde a descentralização do Festival Nacional de Arte em apenas uma semana, estendendo o evento por um mês e semanalmente ter um enfoque em uma ou duas modalidades artísticas; até questões mais emergenciais da nossa realidade, como sala para ensaio e a própria aproximação dos artistas para aquele espaço.


Fabíola Morais voltou a Divisão de Artes Cênicas da FUNESC e compôs a mesa junto com o novo presidente


Também questões como a verba do FENART (cerca de R$ 1.300.000,00 no último) ser revertida em várias ações menores, foi colocada na mesa. Velhos e já quase esquecidos eventos como a Mostra de Teatro Para Criança e a própria Mostra Estadual de Teatro e Dança foram lembrados, bem como outros eventos menores e que nunca deveriam ter parado de fazer parte da rotina da nossa cidade.


A reunião foi muito produtiva e o novo presidente parece querer marcar sua gestão como o que não inventou a roda, mas o que a colocou de novo para rodar. Há sim uma grande esperança de voltarmos a ter FENART, Mostra Estadual, Mostra de Teatro Para Criança e aqueles belos eventos semanais que lotavam o Paulo Pontes e a Praça do Povo com arte.


A única coisa que não gostei foi de ter ficado meio constrangido quando notei que o meu nome não constava na lista dos convidados para reunião, mas respirei na dor e assinei em uma lista a parte do mesmo jeito. Eu fui e mesmo calado como fiquei, tiveram que engolir minha presença! rsrsrsrssrsrsrrsrsrs


terça-feira, 2 de junho de 2009

Joevan fala sobre teatro... só de teatro


Em Curitiba, onde foi apresentar Déjà Vu na Mostra Fringe de Teatro

Agora virou mania, o Mal Traçadas Linhas trás nova entrevista pra o seu estimado público. Dessa vez a vítima é o comunicólogo, ator, especialista em representação teatral: Joevan Oliveira. Seja bem vindo ao Mal Traçadas linhas, Joe.


Joevan Oliveira: Você esqueceu performer, petúnia!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Desde já, aviso que só falo sobre trabalho, portanto, nada de vida pessoal ok???????? Sim... É um prazer participar do seu blog.


MTL: Podemos falar só de teatro, se você preferir.


Joevan Oliveira: Acho ótima a idéia!!!!!!!!!!!! Vamos lá...


Déjà Vu - em cena com Adriele Daniel


MTL: Seu nome completo é Joevan Silva Oliveira Junior. Artisticamente você inicialmente adotou o Joevan Junior e depois optou pelo Oliveira. Algum motivo especial? Numerologia?


Joevan Oliveira: Pra começar é Silva DE Oliveira Júnior. Depois de tanto tempo você ainda não aprendeu????? E não, não há nada relacionado a numerologia. Na verdade Joevan Júnior foi sugestão sua, esqueceu? Mas algumas pessoas (em especial Eleonora Montenegro) disseram que Joevan Junior é estranho porque Junior não é ninguém, é o filho de alguém. Me noiei sim, não vou mentir, afinal era Eleonora falando!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ainda resisti por um tempo, mas sucumbi. Então passei a adotar Oliveira como sobrenome artístico, se bem que, pro Fábio deu certu né???????? Hum, não sei, talvez volte. Vou pensar.


MTL: Entre a sua estréia no teatro e hoje, poucos anos se passaram... cerca de 10 anos. Nesse meio tempo você tem atuado em Paixões de Cristo, peças para criança, performances, esquetes pedagógicos para empresas e também se pós-graduou em teatro. Hoje faz parte do Grupo Graxa e deve estrear em julho Entre Quatro Paredes. Essa trajetória foi dolorida? Na sua opinião, você demorou pra acontecer?


Joevan Oliveira: Na verdade comecei em 2002 com você. Estreei no Fenart, chiquérrimo né????????? Portanto, faz sete anos apenas. Também tenho atuado em peças normais, sem muitas classificações nesses sentidos que você falou, mas enfim.

Na verdade, minha trajetória até agora tem sido muita prazerosa. Tanto que continuo nela. Faço o que gosto e quando quero. Normalmente não estou à procura de algo. As coisas acontecem, se acho que vale a pena, invisto, do contrário, prefiro continuar com minha vida e minhas pesquisas pessoais. Essas sim me motivam, por isso o trabalho com Butoh com o Elias, por isso meus “experimentos performáticos”. É o que gosto e o que me interessa. E quanto a acontecer, não sei bem o que você quer dizer com isso, não espero acontecer ou desacontecer kkkkkkkkkkkkkkkkkk Parece que sou um fenômeno metereológico. Gosto de fazer meu trabalho e ter prazer com isso.


MTL: Sempre quando é questionado sobre a falta de uma dramaturgia mais substancial na sua carreira, você sempre tem uma postura soberba, na qual a ação seria mais importante do que o texto. Na sua opinião, não há espaço para a interseção entre encenação e uma dramaturgia forte?


Déjà Vu - em cena com Cely Farias


Joevan Oliveira: Bem, não concordo com o termo soberbo, prefiro xiita!!!!!!!!!!!! kkkkkkkkkkkkkk E como assim?????????? Lourdes Ramalho é o que pra você? Antes que se forme um mal entendido, não tenho problemas com dramaturgia, ao menos não nesse sentido que me parece você estar colocando. Só acho que a dramaturgia não é o mais importante. Cada vez mais, tenho a convicção de que para que o espetáculo aconteça, o mais importante não é o que você diz, mas sim, o como é dito. Nesse sentido, uma dramaturgia tradicional, ou um roteiro, ou mesmo uma série de textos os mais diversos podem ter a mesma função. Penso que cada ator tem muito a dizer e se uma dramaturgia vai ajudá-lo a se comunicar, ótimo, do contrário, pra que usá-la? Há tantos outros recursos, que não vejo porque as pessoas se exasperam tanto atrás de um texto pra montar. Voltando a resposta, certamente há mais do que espaço para essa interseção. O teatro moderno está aí pra comprovar e o contemporâneo para reafirmar. Só que prefiro que a encenação, assim como a dramaturgia, esteja a serviço do ator. Como????????? Não gosto muito de idéias já feitas, como ???????? Um encenador que já chega com tudo pronto e, simplesmente, coloca para os atores, bem no esquema bailarino que decora a coreografia e depois a executa (desculpem se ofendo alguém com essa firmação, mas é o que ainda acontece muito e, enfim, é uma opção que não me agrada). Prefiro trabalhar num espetáculo que seja criado em conjunto, onde a dramaturgia está para somar, mas não é a tábua de salvação e o encenador é um organizador, um provocador, até mesmo um guia (pra Grotowski). Foi assim que se deram a maioria das minhas experiências e foi desta forma que se deu meu crescimento artístico. Entrei no teatro com a informação de que o essencial é o ator, portanto, mais importante que qualquer outra coisa, é no ator e pelo ator que o espetáculo acontece. E todas as minhas experiências vieram a confirmar essa primeira afirmação. Por isso acho que todos os elementos devem convergir para o seu trabalho, e não para escondê-lo ou para mascará-lo.


MTL: Falando ainda de dramaturgia, você não sente falta na Paraíba de montarmos textos clássicos, mesmo os “clássicos modernos”? Por que sempre montamos nossos autores e não Molière, Racine, Shakespeare, Becket, Ibsen, Brecht? Será que é feio um Nelson Rodrigues com sotaque nordestino?


Joevan Oliveira: Gosto muito das dramaturgias clássicas, modernas e, também, das contemporâneas, você bem sabe. E sinceramente, não sinto falta porque vejo muitos destes textos serem montados. Você mesmo e Ingrid montaram Esperando Godot do Becket, nessa última especialização Carol, Celly e Roberto montaram A Cantora Careca do Ionesco. Vi a montagem do Eliezer do Ibsen, o Graxa montou dos gregos a Nelson Rodrigues, passando por Shakespeare em Dejá Vu. Tony Silva monta Nelson Rodrigues, tem duas montagens. O Andre Morais tem o Diário de um Louco do Gogol. Talvez você sinta a falta destes textos em temporadas regulares, porque sempre vejo montagens no esquema alternativo, poucas pessoas vêem o que é uma pena. Mas eles estão aí. Mas também não vejo problema em montar textos paraibanos. Temos tantos textos bons, por que não montá-los? Não gosto da repetição, da mesmice, isso me enche um pouco, mas não creio que tem haver com o tipo de dramaturgia que se monta, mas sim, com o tipo de proposta que se tem. Acho que muitas vezes montamos sem saber o porquê estamos montando aquilo e no frigir, o resultado acaba sendo pouco interessante pela falta de conteúdo, que não é a dramaturgia que vai dar sozinha.


Na performance Beijo Dobrado


MTL: Você acha que uma direção forte pode realmente salvar um texto ruim, como da mesma forma, uma direção equivocada pode destruir um bom ator? Qual a importância do diretor hoje em dia? Peça boa é quando não notamos a mão do diretor?


Joevan Oliveira: kkkkkkkkkkk... Engraçada essa pergunta. Pseudo já respondi ela lá em cima, presta atenção, heim!!!!!!!!!!!!!!!!! (brincadeirinha) Como já disse, acredito na figura de um diretor articulador, um organizador, um guia. Ele está a serviço do todo e esse todo se converge na figura do ator. É muito estranho quando vemos um espetáculo e ao fim saímos e pensamos que a encenação estava ótima, mas o trabalho dos atores ficou a desejar, ou seja, gostamos de tudo, visualmente falando, o espetáculo funciona, as soluções de cena são ótimas, mas faltava algo. Do que adiantou? O espetáculo não se concretizou. Olha que droga! Pra mim, espetáculo bom é quando saio satisfeito e, no fim, não sei dizer o porque. Tudo estava em harmonia, não penso na encenação, no ator, no figurino, só penso na satisfação que estou sentindo. Isso responde?


MTL: O que alguns estão apelidando de “naturalismo híbrido”, é o último grito da moda? Revisitar misturando formas é comum na história da arte. Depois de Grotowski e Barba, o naturalismo ainda pode ser uma opção ou eles devem ser enterrados junto com seus livros?


No "teatro-empresa" Infancia Levada - em cena com Thais Piquet, Gigliolla Melo, Celly de Freitas e Cinthya Daniely


Joevan Oliveira: Surtou!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Como assim????????????? Que heresia é essa??????? Grotowski e Barba, assim como Stanislavski, Meyerhold, Artaud, Bob Wilson, Diderot, Peter Brook, Aristóteles, entre tantos outros, se questionaram sobre sua arte e acharam suas respostas dentro de seus respectivos momentos históricos e num determinado contexto e conseguiram o incrível que é fazer-se presente até hoje. Isso acontece porque o que eles fizeram ou disseram de alguma forma, reverbera em nós e nos faz pensar. Se você fala sobre naturalismo híbrido é por influencia de Stanislavski e Antoine. Se você fala em híbrido é influenciado pelo que chamamos de performance que mantém estreita relação com o pensamento de Grotowski e do Bob Wilson, por exemplo. Os estudos do Barba nada tem a ver com proposta estética, ao contrário, podem ser usados seja para uma cena naturalista, seja para um experimento do Butoh. Como podemos falar em enterrar e esquecer? Se fizéssemos isso, não saberíamos metade do que sabemos, nem faríamos metade do que fazemos. Ninguém descobre a pólvora. Podemos pensar em novas formas de usá-la. Foi isso que esses homens fizeram. Se quisermos fazer o mesmo, de início, devemos conhecer o que já foi feito. Qual é?????????? O híbrido como você mesmo fala é o estouro do pipoco do trovão. Mais do que nunca, todos são válidos e estão em voga. A grande questão é como misturá-los e com que objetivo.


MTL: A gaivota [alguns rascunhos], Vereda da Salvação, Quebra-Quilos, Diário de um Louco e Esparrela são espetáculos da nossa cidade. Você vê alguma outra ligação entre esses espetáculos?


Joevan Oliveira: Olha!!!!!!!!!!!!!! Falha minha, por acaso não assisti todos esses espetáculos. Então, não tenho como encontrar paralelos entre eles. Mas não é uma delícia ter espetáculos com propostas tão diferentes e com temáticas tão distintas????????? E você falando que só montamos nossos autores. Só nessa pergunta são citados Tchekhov, Jorge Andrade, Brecht, Gogol e Fernando Teixeira. É muita diversidade. Particularmente não vi o Quebra Quilos, a nova versão do Diário de um Louco e, infelizmente, não assisti ainda Esparrela. Quanto a Gaivota, dentro da linha “naturalismo híbrido” como você define, não é o tipo de proposta que me agrada. Mas não posso deixar de dizer que traz questões interessantíssimas a serem discutidas, principalmente no tocante a essa busca por um naturalismo e um mimetismo que, no caso deles, não deixa em momento algum de ser simbólico e, ao mesmo tempo, muitas vezes me parece desnecessário. Principalmente no tocante ao trabalho de ator, cujas ações muitas vezes me parecem mais banais que naturais. Mas enfim, é uma questão que não me sinto bem para discutir, até porque até agora não entendi direito a proposta, apesar de todas as conversas furtivas com meu querido amigo Thardelly, que faz o Treplev (acho que é assim que se escreve kkkkkk). E Vereda da Salvação, que foi montado pela Christina, com alunos da UFPB, tem uma encenação que muito me agrada, mas que, ao meu ver, tomou o foco do espetáculo e acabou evidenciando uma certa fragilidade do elenco. Quando penso em pontos de ligação entre eles, confesso que não me vem nada de imediato, a não ser o fato de cada um, ao seu jeito, estar dentro de um contexto de contemporaneidade onde, de certa forma, tudo vale, do regional ao naturalismo, passando pelo performático, seja de maneira separada ou tudo junto num mesmo espetáculo. De uma forma ou de outra, ambos se apóiam numa dramaturgia realista, mas nem por isso deixam de trabalhar com elementos simbólicos. Cada um, ao seu modo, nos dá a possibilidade de construir nossas próprias viagens e impressões acerca do que estamos assistindo. Característica que é muito forte nas produções paraibanas.


MTL: Qual a sua opinião sobre o crescente aparecimento de novos diretores teatrais, na ultima década, no panorama pessoense? Há uma real necessidade de novos nomes para a renovação cênica da nossa cidade ou a comunidade teatral cresceu tanto que os diretores habituais já não estão dando conta e nomes conhecidos como atores estão precisando se tornar diretores?


Joevan Oliveira: Acho ótimo o fato de novos diretores surgirem, não vejo nisso nada de negativo e se forem atores melhor. Ao menos eles podem falar com conhecimento de causa. E realmente você acha que tínhamos tantos diretores assim na Paraíba? Não sei se é porque sou muito jovem! kkkkkkkkkkkk (juro que não estou querendo fazer nenhum tipo de comentário sobre sua idade). Por isso peço desculpas pelo meu desconhecimento, mas durante muito tempo, sempre ouvi falar das mesmas pessoas dirigindo e tratava-se de um grupo muito seleto e um tanto quanto inacessível para a maioria, ao menos profissionalmente. Por isso acho ótimo que mais pessoas tenham botado e botem a cara pra bater no sentido de imprimir sua cara em produções teatrais, porque mesmo que de inicio a produção não seja muito interessante, o tempo vai amadurecendo essas pessoas e essas idéias. Quando cuidarmos que não, pronto!!!!!!!!!!! Teremos uma diversidade grande de propostas e espetáculos. Sem falar que, de uma forma ou de outra, gente nova sempre trás idéias novas e um frescor novo para o trabalho dos mais antigos. Acho que todos saem ganhando.


Performance Homens Ocos - em cena com Joseni Alves


MTL: Há algum problema na afirmação: “Fernando Teixeira, Mizael Batista, Edílson Alves, Tony Silva, Celly de Freitas, Tarcísio Pereira, Eliézer Rolim, Ângelo Guimarães e Marcos Pinto são exemplos de diretores da cena contemporânea da Paraíba, que desenvolveram uma assinatura muito particular”?


Joevan Oliveira: Não vejo nenhum problema na afirmação. Só me assustei com as disparidades temporais e de propostas. É muita gente junta. Mas sem sombra de dúvidas, cada um deles ao seu modo, já conseguiu imprimir, ou vem imprimindo uma marca muito particular para suas produções, levando-se em consideração o tempo de cada um. Acho que essa sua pergunta já respondi na questão anterior. Trata-se de diversidade de propostas. Mesmo que não gostemos ou não concordemos com o rumo que determinado diretor dá aos seus espetáculos, é uma proposta. Afinal ninguém é obrigado a agradar a todos e nem podemos esperar isso.


MTL: No seu trabalho final no curso de Jornalismo, você traçou um paralelo entre a teoria da Obra Aberta de Umberto Eco e o trabalho do ator, como performance resultante da Especialização em Representação Teatral (Homens Ocos) vocês foram beber do Butôh e utilizaram textos de T.S. Eliot, Tennessee Williams e até Drummond. Um espetáculo, na sua opinião, para ser bom, tem quê...?


Joevan Oliveira: TER A MIM !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... brincadeira. Na perspectiva de quem faz: tem que ter a possibilidade de experimentar. E não me refiro ao resultado, que pode ser bom ou ruim, mas falo do processo de montagem. Sempre que me descubro um pouco mais, pra mim, o espetáculo é bom. Bom porque de alguma forma ele mexe comigo, me traz questionamentos quanto ao meu trabalho, me traz certas angustias e, via de regra, muita satisfação. Da perspectiva de quem vê: bom espetáculo pra mim é aquele que me diz algo, seja sinestesicamente, seja intelectualmente. Tenho uma predileção por espetáculos técnicos, porque eles me enchem os olhos, mas os melhores espetáculos que já vi, foram os que me emocionaram brutalmente. Foi inclusive por causa de um desses emocionalmente brutais que resolvi fazer teatro. Falo dele até hoje. Tive inclusive uma experiência sinestésica durante um espetáculo de dança que veio para o Fenart uns anos atrás, que me deixou destruído de calor. Foi MARA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Isso pra mim é espetáculo bom. O que precisa ter pra ser assim, não sei explicitar ao certo.


MTL: Você como ator, se tivesse de escolher entre um elenco fraco, com uma direção boa e um texto ótimo e um elenco ótimo, com direção fraca e um texto bom, o que você escolheria?


Joevan Oliveira: A segunda opção. Se o diretor não é esse estouro do pipoco do trovão, você, de alguma forma, pode ir levando ele na maciota. Chama alguém mais experiente pra ver, discute determinadas questões com ele. Se o elenco é bom e, já disse, pra mim isso é o mais importante, todo o resto com jeito e paciência se ajeita. Agora se o elenco é fraquinho, de que adianta você ter um diretor bom? O espetáculo fica lindo, mas o que interessa fica meia boca. Ainda mais se for no esquema elenco. Diretor nenhum prepara ator em pouco tempo, ou o ator já vem pra mão dele preparado, ou ele faz uma meia boca e capricha na cenografia e demais elementos técnicos. No fim o diretor mascara os atores pra tentar esconder as deficiências. Não acho isso legal. No fim das contas voltamos pra mesma discussão. Diretor não é mágico, ele é um coordenador, aos atores cabe criar e oferecer possibilidades, do contrário, é melhor fazer uma exposição, fica bonito do mesmo jeito e ninguém passa vergonha!!!!!!!!!!!


Na performance Híbrida Ira


MTL: Ha algum tempo atrás nós brincamos na Comunidade da Paixão (Paixão de Cristo - JP/PB), no Orkut, com a possibilidade de fazer uma versão para o teatro do desenho animado Caverna do Dragão. Vamos brincar de você montar o elenco e a ficha técnica dessa produção imaginária. Quem seriam os nomes dentre nossos colegas de teatro para que essa montagem atingisse um nível bacana de excelência?


Joevan Oliveira: Aff... Difícil heim!!!!!!!!! Eu posso me colocar???????? Já que estou na produção nada mais justo do que estar no elenco!!!!!!!!!!!! Bem, de antemão, eu seria o Eric, sempre gostei desse personagem. E como estou emagrecendo, daqui a pouco estarei com o corpo necessário para a personagem. Bem, os demais: acho que Tiamat seria feita pelas cabeças coroadas do teatro paraibano, pela sua importância e sabedoria, e para dar um ar de glamour, coloco aí Fernandão, Zezita, Cida, Eliezer e Anunciada Fernandes (kkkkkkk). Mestre dos magos seria Eleonora que é calma, plácida e às vezes diz coisas que só vamos entender tempos depois. Vingador seria Duílio Cunha, é magro e esguio, acho que tem o Physique du Rôle, ao menos na minha produção. Antonio seria o demônio das sombras, porque é muito ligado ao Duílio mesmo, sem falar que experiência com demônios ele tem de sobra. Acho que cabe deveras. Hum, cancela meu Eric, vou abrir mão. Como Eric escalaria Eri que é polêmico, critico e começa com E também. Sheila seria a Cely Farias que tem todo um jeitinho de falar ronronando. Hank seria Walmar, pelos seus atributos físicos. A mulher do pau (Diana) seria Ingrid, que é atlética, sem falar que poderíamos inserir Chicó como o filho do contemplador de astros. Era só dar uma corzinha neles e já teríamos o patrocínio ou apoio da Real, onde você faz muito mais propaganda!!!! Presto seria o Buda que, vamos combinar, é a cara dele. Bobby seria Thardelly que é hiperativo e como seria irmão da Cely, daria certim. Sem falar que poríamos dar a Roberta o papel da gatinha que sonhava com o futuro, que é a cara dela. E Uni seria Servilho, por que... hum... ele já fez um cachorro mesmo e só vejo ele fazendo o unicórnio. Sem falar que ele pode ser o assassino, né???????????????? Não vamos esquecer. Bem, o texto certamente seria de Tarcisio Pereira, para dar o ar de estranhamento necessário a produção, a direção de Luis Carlos Vasconcelos, pra deixar os atores sempre meio noiados e criar um clima. Os figurinos da Dry, com muito material reciclável e fibras naturais, nada de sintéticos. A cenografia do Boweres, parecida com a das Pelejas de Ojuara, pra dar um ar meio “retro brejeiro cósmico”. A iluminação seria toda feita de velas e candeeiros, acesos no inicio do espetáculo e manipulados pelos atores. A trilha sonora original seria de Eli Porto e seus alunos de percussão e, por fim, a produção teria que ser do Tony, que tem jogo de cintura suficiente pra lidar com todos, sem se furtar de dar as matadas necessárias quando necessário.


MTL: Depois de brincar um pouco, vamos agora a rapidinha.


Joevan Oliveira: Hum... adooooooooorrrrrrrrrrrrrooooooooo!!!!!!!!! kkkkkkkkkkkkkk


MTL: Um Diretor?

Joevan Oliveira: Vou ser bem paraibano nessas respostas, ok???????? Eliezer. Normalmente gosto muito dos resultados dele.

MTL: Uma Diretora?

Joevan Oliveira: Eleonora Montenegro.

MTL: Um ator?

Joevan Oliveira: Pensou que ia dizer você????????? kkkkkkkkkkkkkk Acertou!!!!!!!!!!

MTL: Uma atriz?

Joevan Oliveira: Adooooooorrrrrrrrrrroooooooo a Fabíola Morais

MTL: Uma peça?

Joevan Oliveira: Ahhhhhhh ... O Último Verso

MTL: Um dramaturgo?

Joevan Oliveira: Lourdes Ramalho.

MTL: Um sonho cênico?

Joevan Oliveira: Fazer um espetáculo que mexesse e trabalhasse com todos os sentidos.

MTL: Teatro e educação?

Joevan Oliveira: Difícil, mas funciona.

MTL: Teatro para criança?

Joevan Oliveira: É só não dar muito cabimento pras crianças, do contrário elas montam.

MTL: Grupo Graxa de Teatro?

Joevan Oliveira: Uma experiência que está sendo muito boa. Pessoas que já conhecia e com quem adoro trabalhar e conviver. É a primeira vez que estou trabalhando num grupo, parece estranho de início, mas o sentimento de trabalho em grupo é o mesmo. Gosto deveras. Sim!!!! Já fazendo o merchand: julho estréia o novo espetáculo “Entre Quatro Paredes”. Texto do Sartre e direção de Antonio Deol, no elenco jovens estrelas do teatro paraibano como Adrielly Daniel, Cely Farias, Mayra Montenegro, Edson Sousa e Joevan Oliveira (vulgo Eu kkkkkkkkk). Acho que todos deveriam dar uma olhada.

MTL: Você tem algum hobby?

Joevan Oliveira: Não, durmo pelado mesmo.

MTL: Heins?! Deixa pra lá! Está namorando? rsrsrsrsrsrsrs

Joevan Oliveira: Já disse que não falo de vida pessoal, coisa chata!!!!!!!!!!!!!!!


(ensaio sensual caseiro)


MTL: Joevan, obrigado pelas suas palavras no Mal Traçadas Linhas.

Joevan Oliveira: ooooooowwwwwwwwww querido, eu que agradeço pelo espaço. Qualquer coisa estamos às ordens, xeru pra você e pra todos!!!!!!!!!!!!!!!!!!