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terça-feira, 2 de junho de 2009

Joevan fala sobre teatro... só de teatro


Em Curitiba, onde foi apresentar Déjà Vu na Mostra Fringe de Teatro

Agora virou mania, o Mal Traçadas Linhas trás nova entrevista pra o seu estimado público. Dessa vez a vítima é o comunicólogo, ator, especialista em representação teatral: Joevan Oliveira. Seja bem vindo ao Mal Traçadas linhas, Joe.


Joevan Oliveira: Você esqueceu performer, petúnia!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Desde já, aviso que só falo sobre trabalho, portanto, nada de vida pessoal ok???????? Sim... É um prazer participar do seu blog.


MTL: Podemos falar só de teatro, se você preferir.


Joevan Oliveira: Acho ótima a idéia!!!!!!!!!!!! Vamos lá...


Déjà Vu - em cena com Adriele Daniel


MTL: Seu nome completo é Joevan Silva Oliveira Junior. Artisticamente você inicialmente adotou o Joevan Junior e depois optou pelo Oliveira. Algum motivo especial? Numerologia?


Joevan Oliveira: Pra começar é Silva DE Oliveira Júnior. Depois de tanto tempo você ainda não aprendeu????? E não, não há nada relacionado a numerologia. Na verdade Joevan Júnior foi sugestão sua, esqueceu? Mas algumas pessoas (em especial Eleonora Montenegro) disseram que Joevan Junior é estranho porque Junior não é ninguém, é o filho de alguém. Me noiei sim, não vou mentir, afinal era Eleonora falando!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ainda resisti por um tempo, mas sucumbi. Então passei a adotar Oliveira como sobrenome artístico, se bem que, pro Fábio deu certu né???????? Hum, não sei, talvez volte. Vou pensar.


MTL: Entre a sua estréia no teatro e hoje, poucos anos se passaram... cerca de 10 anos. Nesse meio tempo você tem atuado em Paixões de Cristo, peças para criança, performances, esquetes pedagógicos para empresas e também se pós-graduou em teatro. Hoje faz parte do Grupo Graxa e deve estrear em julho Entre Quatro Paredes. Essa trajetória foi dolorida? Na sua opinião, você demorou pra acontecer?


Joevan Oliveira: Na verdade comecei em 2002 com você. Estreei no Fenart, chiquérrimo né????????? Portanto, faz sete anos apenas. Também tenho atuado em peças normais, sem muitas classificações nesses sentidos que você falou, mas enfim.

Na verdade, minha trajetória até agora tem sido muita prazerosa. Tanto que continuo nela. Faço o que gosto e quando quero. Normalmente não estou à procura de algo. As coisas acontecem, se acho que vale a pena, invisto, do contrário, prefiro continuar com minha vida e minhas pesquisas pessoais. Essas sim me motivam, por isso o trabalho com Butoh com o Elias, por isso meus “experimentos performáticos”. É o que gosto e o que me interessa. E quanto a acontecer, não sei bem o que você quer dizer com isso, não espero acontecer ou desacontecer kkkkkkkkkkkkkkkkkk Parece que sou um fenômeno metereológico. Gosto de fazer meu trabalho e ter prazer com isso.


MTL: Sempre quando é questionado sobre a falta de uma dramaturgia mais substancial na sua carreira, você sempre tem uma postura soberba, na qual a ação seria mais importante do que o texto. Na sua opinião, não há espaço para a interseção entre encenação e uma dramaturgia forte?


Déjà Vu - em cena com Cely Farias


Joevan Oliveira: Bem, não concordo com o termo soberbo, prefiro xiita!!!!!!!!!!!! kkkkkkkkkkkkkk E como assim?????????? Lourdes Ramalho é o que pra você? Antes que se forme um mal entendido, não tenho problemas com dramaturgia, ao menos não nesse sentido que me parece você estar colocando. Só acho que a dramaturgia não é o mais importante. Cada vez mais, tenho a convicção de que para que o espetáculo aconteça, o mais importante não é o que você diz, mas sim, o como é dito. Nesse sentido, uma dramaturgia tradicional, ou um roteiro, ou mesmo uma série de textos os mais diversos podem ter a mesma função. Penso que cada ator tem muito a dizer e se uma dramaturgia vai ajudá-lo a se comunicar, ótimo, do contrário, pra que usá-la? Há tantos outros recursos, que não vejo porque as pessoas se exasperam tanto atrás de um texto pra montar. Voltando a resposta, certamente há mais do que espaço para essa interseção. O teatro moderno está aí pra comprovar e o contemporâneo para reafirmar. Só que prefiro que a encenação, assim como a dramaturgia, esteja a serviço do ator. Como????????? Não gosto muito de idéias já feitas, como ???????? Um encenador que já chega com tudo pronto e, simplesmente, coloca para os atores, bem no esquema bailarino que decora a coreografia e depois a executa (desculpem se ofendo alguém com essa firmação, mas é o que ainda acontece muito e, enfim, é uma opção que não me agrada). Prefiro trabalhar num espetáculo que seja criado em conjunto, onde a dramaturgia está para somar, mas não é a tábua de salvação e o encenador é um organizador, um provocador, até mesmo um guia (pra Grotowski). Foi assim que se deram a maioria das minhas experiências e foi desta forma que se deu meu crescimento artístico. Entrei no teatro com a informação de que o essencial é o ator, portanto, mais importante que qualquer outra coisa, é no ator e pelo ator que o espetáculo acontece. E todas as minhas experiências vieram a confirmar essa primeira afirmação. Por isso acho que todos os elementos devem convergir para o seu trabalho, e não para escondê-lo ou para mascará-lo.


MTL: Falando ainda de dramaturgia, você não sente falta na Paraíba de montarmos textos clássicos, mesmo os “clássicos modernos”? Por que sempre montamos nossos autores e não Molière, Racine, Shakespeare, Becket, Ibsen, Brecht? Será que é feio um Nelson Rodrigues com sotaque nordestino?


Joevan Oliveira: Gosto muito das dramaturgias clássicas, modernas e, também, das contemporâneas, você bem sabe. E sinceramente, não sinto falta porque vejo muitos destes textos serem montados. Você mesmo e Ingrid montaram Esperando Godot do Becket, nessa última especialização Carol, Celly e Roberto montaram A Cantora Careca do Ionesco. Vi a montagem do Eliezer do Ibsen, o Graxa montou dos gregos a Nelson Rodrigues, passando por Shakespeare em Dejá Vu. Tony Silva monta Nelson Rodrigues, tem duas montagens. O Andre Morais tem o Diário de um Louco do Gogol. Talvez você sinta a falta destes textos em temporadas regulares, porque sempre vejo montagens no esquema alternativo, poucas pessoas vêem o que é uma pena. Mas eles estão aí. Mas também não vejo problema em montar textos paraibanos. Temos tantos textos bons, por que não montá-los? Não gosto da repetição, da mesmice, isso me enche um pouco, mas não creio que tem haver com o tipo de dramaturgia que se monta, mas sim, com o tipo de proposta que se tem. Acho que muitas vezes montamos sem saber o porquê estamos montando aquilo e no frigir, o resultado acaba sendo pouco interessante pela falta de conteúdo, que não é a dramaturgia que vai dar sozinha.


Na performance Beijo Dobrado


MTL: Você acha que uma direção forte pode realmente salvar um texto ruim, como da mesma forma, uma direção equivocada pode destruir um bom ator? Qual a importância do diretor hoje em dia? Peça boa é quando não notamos a mão do diretor?


Joevan Oliveira: kkkkkkkkkkk... Engraçada essa pergunta. Pseudo já respondi ela lá em cima, presta atenção, heim!!!!!!!!!!!!!!!!! (brincadeirinha) Como já disse, acredito na figura de um diretor articulador, um organizador, um guia. Ele está a serviço do todo e esse todo se converge na figura do ator. É muito estranho quando vemos um espetáculo e ao fim saímos e pensamos que a encenação estava ótima, mas o trabalho dos atores ficou a desejar, ou seja, gostamos de tudo, visualmente falando, o espetáculo funciona, as soluções de cena são ótimas, mas faltava algo. Do que adiantou? O espetáculo não se concretizou. Olha que droga! Pra mim, espetáculo bom é quando saio satisfeito e, no fim, não sei dizer o porque. Tudo estava em harmonia, não penso na encenação, no ator, no figurino, só penso na satisfação que estou sentindo. Isso responde?


MTL: O que alguns estão apelidando de “naturalismo híbrido”, é o último grito da moda? Revisitar misturando formas é comum na história da arte. Depois de Grotowski e Barba, o naturalismo ainda pode ser uma opção ou eles devem ser enterrados junto com seus livros?


No "teatro-empresa" Infancia Levada - em cena com Thais Piquet, Gigliolla Melo, Celly de Freitas e Cinthya Daniely


Joevan Oliveira: Surtou!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Como assim????????????? Que heresia é essa??????? Grotowski e Barba, assim como Stanislavski, Meyerhold, Artaud, Bob Wilson, Diderot, Peter Brook, Aristóteles, entre tantos outros, se questionaram sobre sua arte e acharam suas respostas dentro de seus respectivos momentos históricos e num determinado contexto e conseguiram o incrível que é fazer-se presente até hoje. Isso acontece porque o que eles fizeram ou disseram de alguma forma, reverbera em nós e nos faz pensar. Se você fala sobre naturalismo híbrido é por influencia de Stanislavski e Antoine. Se você fala em híbrido é influenciado pelo que chamamos de performance que mantém estreita relação com o pensamento de Grotowski e do Bob Wilson, por exemplo. Os estudos do Barba nada tem a ver com proposta estética, ao contrário, podem ser usados seja para uma cena naturalista, seja para um experimento do Butoh. Como podemos falar em enterrar e esquecer? Se fizéssemos isso, não saberíamos metade do que sabemos, nem faríamos metade do que fazemos. Ninguém descobre a pólvora. Podemos pensar em novas formas de usá-la. Foi isso que esses homens fizeram. Se quisermos fazer o mesmo, de início, devemos conhecer o que já foi feito. Qual é?????????? O híbrido como você mesmo fala é o estouro do pipoco do trovão. Mais do que nunca, todos são válidos e estão em voga. A grande questão é como misturá-los e com que objetivo.


MTL: A gaivota [alguns rascunhos], Vereda da Salvação, Quebra-Quilos, Diário de um Louco e Esparrela são espetáculos da nossa cidade. Você vê alguma outra ligação entre esses espetáculos?


Joevan Oliveira: Olha!!!!!!!!!!!!!! Falha minha, por acaso não assisti todos esses espetáculos. Então, não tenho como encontrar paralelos entre eles. Mas não é uma delícia ter espetáculos com propostas tão diferentes e com temáticas tão distintas????????? E você falando que só montamos nossos autores. Só nessa pergunta são citados Tchekhov, Jorge Andrade, Brecht, Gogol e Fernando Teixeira. É muita diversidade. Particularmente não vi o Quebra Quilos, a nova versão do Diário de um Louco e, infelizmente, não assisti ainda Esparrela. Quanto a Gaivota, dentro da linha “naturalismo híbrido” como você define, não é o tipo de proposta que me agrada. Mas não posso deixar de dizer que traz questões interessantíssimas a serem discutidas, principalmente no tocante a essa busca por um naturalismo e um mimetismo que, no caso deles, não deixa em momento algum de ser simbólico e, ao mesmo tempo, muitas vezes me parece desnecessário. Principalmente no tocante ao trabalho de ator, cujas ações muitas vezes me parecem mais banais que naturais. Mas enfim, é uma questão que não me sinto bem para discutir, até porque até agora não entendi direito a proposta, apesar de todas as conversas furtivas com meu querido amigo Thardelly, que faz o Treplev (acho que é assim que se escreve kkkkkk). E Vereda da Salvação, que foi montado pela Christina, com alunos da UFPB, tem uma encenação que muito me agrada, mas que, ao meu ver, tomou o foco do espetáculo e acabou evidenciando uma certa fragilidade do elenco. Quando penso em pontos de ligação entre eles, confesso que não me vem nada de imediato, a não ser o fato de cada um, ao seu jeito, estar dentro de um contexto de contemporaneidade onde, de certa forma, tudo vale, do regional ao naturalismo, passando pelo performático, seja de maneira separada ou tudo junto num mesmo espetáculo. De uma forma ou de outra, ambos se apóiam numa dramaturgia realista, mas nem por isso deixam de trabalhar com elementos simbólicos. Cada um, ao seu modo, nos dá a possibilidade de construir nossas próprias viagens e impressões acerca do que estamos assistindo. Característica que é muito forte nas produções paraibanas.


MTL: Qual a sua opinião sobre o crescente aparecimento de novos diretores teatrais, na ultima década, no panorama pessoense? Há uma real necessidade de novos nomes para a renovação cênica da nossa cidade ou a comunidade teatral cresceu tanto que os diretores habituais já não estão dando conta e nomes conhecidos como atores estão precisando se tornar diretores?


Joevan Oliveira: Acho ótimo o fato de novos diretores surgirem, não vejo nisso nada de negativo e se forem atores melhor. Ao menos eles podem falar com conhecimento de causa. E realmente você acha que tínhamos tantos diretores assim na Paraíba? Não sei se é porque sou muito jovem! kkkkkkkkkkkk (juro que não estou querendo fazer nenhum tipo de comentário sobre sua idade). Por isso peço desculpas pelo meu desconhecimento, mas durante muito tempo, sempre ouvi falar das mesmas pessoas dirigindo e tratava-se de um grupo muito seleto e um tanto quanto inacessível para a maioria, ao menos profissionalmente. Por isso acho ótimo que mais pessoas tenham botado e botem a cara pra bater no sentido de imprimir sua cara em produções teatrais, porque mesmo que de inicio a produção não seja muito interessante, o tempo vai amadurecendo essas pessoas e essas idéias. Quando cuidarmos que não, pronto!!!!!!!!!!! Teremos uma diversidade grande de propostas e espetáculos. Sem falar que, de uma forma ou de outra, gente nova sempre trás idéias novas e um frescor novo para o trabalho dos mais antigos. Acho que todos saem ganhando.


Performance Homens Ocos - em cena com Joseni Alves


MTL: Há algum problema na afirmação: “Fernando Teixeira, Mizael Batista, Edílson Alves, Tony Silva, Celly de Freitas, Tarcísio Pereira, Eliézer Rolim, Ângelo Guimarães e Marcos Pinto são exemplos de diretores da cena contemporânea da Paraíba, que desenvolveram uma assinatura muito particular”?


Joevan Oliveira: Não vejo nenhum problema na afirmação. Só me assustei com as disparidades temporais e de propostas. É muita gente junta. Mas sem sombra de dúvidas, cada um deles ao seu modo, já conseguiu imprimir, ou vem imprimindo uma marca muito particular para suas produções, levando-se em consideração o tempo de cada um. Acho que essa sua pergunta já respondi na questão anterior. Trata-se de diversidade de propostas. Mesmo que não gostemos ou não concordemos com o rumo que determinado diretor dá aos seus espetáculos, é uma proposta. Afinal ninguém é obrigado a agradar a todos e nem podemos esperar isso.


MTL: No seu trabalho final no curso de Jornalismo, você traçou um paralelo entre a teoria da Obra Aberta de Umberto Eco e o trabalho do ator, como performance resultante da Especialização em Representação Teatral (Homens Ocos) vocês foram beber do Butôh e utilizaram textos de T.S. Eliot, Tennessee Williams e até Drummond. Um espetáculo, na sua opinião, para ser bom, tem quê...?


Joevan Oliveira: TER A MIM !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... brincadeira. Na perspectiva de quem faz: tem que ter a possibilidade de experimentar. E não me refiro ao resultado, que pode ser bom ou ruim, mas falo do processo de montagem. Sempre que me descubro um pouco mais, pra mim, o espetáculo é bom. Bom porque de alguma forma ele mexe comigo, me traz questionamentos quanto ao meu trabalho, me traz certas angustias e, via de regra, muita satisfação. Da perspectiva de quem vê: bom espetáculo pra mim é aquele que me diz algo, seja sinestesicamente, seja intelectualmente. Tenho uma predileção por espetáculos técnicos, porque eles me enchem os olhos, mas os melhores espetáculos que já vi, foram os que me emocionaram brutalmente. Foi inclusive por causa de um desses emocionalmente brutais que resolvi fazer teatro. Falo dele até hoje. Tive inclusive uma experiência sinestésica durante um espetáculo de dança que veio para o Fenart uns anos atrás, que me deixou destruído de calor. Foi MARA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Isso pra mim é espetáculo bom. O que precisa ter pra ser assim, não sei explicitar ao certo.


MTL: Você como ator, se tivesse de escolher entre um elenco fraco, com uma direção boa e um texto ótimo e um elenco ótimo, com direção fraca e um texto bom, o que você escolheria?


Joevan Oliveira: A segunda opção. Se o diretor não é esse estouro do pipoco do trovão, você, de alguma forma, pode ir levando ele na maciota. Chama alguém mais experiente pra ver, discute determinadas questões com ele. Se o elenco é bom e, já disse, pra mim isso é o mais importante, todo o resto com jeito e paciência se ajeita. Agora se o elenco é fraquinho, de que adianta você ter um diretor bom? O espetáculo fica lindo, mas o que interessa fica meia boca. Ainda mais se for no esquema elenco. Diretor nenhum prepara ator em pouco tempo, ou o ator já vem pra mão dele preparado, ou ele faz uma meia boca e capricha na cenografia e demais elementos técnicos. No fim o diretor mascara os atores pra tentar esconder as deficiências. Não acho isso legal. No fim das contas voltamos pra mesma discussão. Diretor não é mágico, ele é um coordenador, aos atores cabe criar e oferecer possibilidades, do contrário, é melhor fazer uma exposição, fica bonito do mesmo jeito e ninguém passa vergonha!!!!!!!!!!!


Na performance Híbrida Ira


MTL: Ha algum tempo atrás nós brincamos na Comunidade da Paixão (Paixão de Cristo - JP/PB), no Orkut, com a possibilidade de fazer uma versão para o teatro do desenho animado Caverna do Dragão. Vamos brincar de você montar o elenco e a ficha técnica dessa produção imaginária. Quem seriam os nomes dentre nossos colegas de teatro para que essa montagem atingisse um nível bacana de excelência?


Joevan Oliveira: Aff... Difícil heim!!!!!!!!! Eu posso me colocar???????? Já que estou na produção nada mais justo do que estar no elenco!!!!!!!!!!!! Bem, de antemão, eu seria o Eric, sempre gostei desse personagem. E como estou emagrecendo, daqui a pouco estarei com o corpo necessário para a personagem. Bem, os demais: acho que Tiamat seria feita pelas cabeças coroadas do teatro paraibano, pela sua importância e sabedoria, e para dar um ar de glamour, coloco aí Fernandão, Zezita, Cida, Eliezer e Anunciada Fernandes (kkkkkkk). Mestre dos magos seria Eleonora que é calma, plácida e às vezes diz coisas que só vamos entender tempos depois. Vingador seria Duílio Cunha, é magro e esguio, acho que tem o Physique du Rôle, ao menos na minha produção. Antonio seria o demônio das sombras, porque é muito ligado ao Duílio mesmo, sem falar que experiência com demônios ele tem de sobra. Acho que cabe deveras. Hum, cancela meu Eric, vou abrir mão. Como Eric escalaria Eri que é polêmico, critico e começa com E também. Sheila seria a Cely Farias que tem todo um jeitinho de falar ronronando. Hank seria Walmar, pelos seus atributos físicos. A mulher do pau (Diana) seria Ingrid, que é atlética, sem falar que poderíamos inserir Chicó como o filho do contemplador de astros. Era só dar uma corzinha neles e já teríamos o patrocínio ou apoio da Real, onde você faz muito mais propaganda!!!! Presto seria o Buda que, vamos combinar, é a cara dele. Bobby seria Thardelly que é hiperativo e como seria irmão da Cely, daria certim. Sem falar que poríamos dar a Roberta o papel da gatinha que sonhava com o futuro, que é a cara dela. E Uni seria Servilho, por que... hum... ele já fez um cachorro mesmo e só vejo ele fazendo o unicórnio. Sem falar que ele pode ser o assassino, né???????????????? Não vamos esquecer. Bem, o texto certamente seria de Tarcisio Pereira, para dar o ar de estranhamento necessário a produção, a direção de Luis Carlos Vasconcelos, pra deixar os atores sempre meio noiados e criar um clima. Os figurinos da Dry, com muito material reciclável e fibras naturais, nada de sintéticos. A cenografia do Boweres, parecida com a das Pelejas de Ojuara, pra dar um ar meio “retro brejeiro cósmico”. A iluminação seria toda feita de velas e candeeiros, acesos no inicio do espetáculo e manipulados pelos atores. A trilha sonora original seria de Eli Porto e seus alunos de percussão e, por fim, a produção teria que ser do Tony, que tem jogo de cintura suficiente pra lidar com todos, sem se furtar de dar as matadas necessárias quando necessário.


MTL: Depois de brincar um pouco, vamos agora a rapidinha.


Joevan Oliveira: Hum... adooooooooorrrrrrrrrrrrrooooooooo!!!!!!!!! kkkkkkkkkkkkkk


MTL: Um Diretor?

Joevan Oliveira: Vou ser bem paraibano nessas respostas, ok???????? Eliezer. Normalmente gosto muito dos resultados dele.

MTL: Uma Diretora?

Joevan Oliveira: Eleonora Montenegro.

MTL: Um ator?

Joevan Oliveira: Pensou que ia dizer você????????? kkkkkkkkkkkkkk Acertou!!!!!!!!!!

MTL: Uma atriz?

Joevan Oliveira: Adooooooorrrrrrrrrrroooooooo a Fabíola Morais

MTL: Uma peça?

Joevan Oliveira: Ahhhhhhh ... O Último Verso

MTL: Um dramaturgo?

Joevan Oliveira: Lourdes Ramalho.

MTL: Um sonho cênico?

Joevan Oliveira: Fazer um espetáculo que mexesse e trabalhasse com todos os sentidos.

MTL: Teatro e educação?

Joevan Oliveira: Difícil, mas funciona.

MTL: Teatro para criança?

Joevan Oliveira: É só não dar muito cabimento pras crianças, do contrário elas montam.

MTL: Grupo Graxa de Teatro?

Joevan Oliveira: Uma experiência que está sendo muito boa. Pessoas que já conhecia e com quem adoro trabalhar e conviver. É a primeira vez que estou trabalhando num grupo, parece estranho de início, mas o sentimento de trabalho em grupo é o mesmo. Gosto deveras. Sim!!!! Já fazendo o merchand: julho estréia o novo espetáculo “Entre Quatro Paredes”. Texto do Sartre e direção de Antonio Deol, no elenco jovens estrelas do teatro paraibano como Adrielly Daniel, Cely Farias, Mayra Montenegro, Edson Sousa e Joevan Oliveira (vulgo Eu kkkkkkkkk). Acho que todos deveriam dar uma olhada.

MTL: Você tem algum hobby?

Joevan Oliveira: Não, durmo pelado mesmo.

MTL: Heins?! Deixa pra lá! Está namorando? rsrsrsrsrsrsrs

Joevan Oliveira: Já disse que não falo de vida pessoal, coisa chata!!!!!!!!!!!!!!!


(ensaio sensual caseiro)


MTL: Joevan, obrigado pelas suas palavras no Mal Traçadas Linhas.

Joevan Oliveira: ooooooowwwwwwwwww querido, eu que agradeço pelo espaço. Qualquer coisa estamos às ordens, xeru pra você e pra todos!!!!!!!!!!!!!!!!!!

12 comentários:

  1. Joevan, como sempre o mesmo...

    Consigo vê-lo "xingando-nos" em alguma aula lá pelos idos de 1996...kkk

    Até em hipertexto, conseguimos enxerga-lo, JOe!

    Abração e sucesso!!!!

    ass.: Zé maria

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  2. 1996, EU AINDA ERA UM BEBE CHORÃO... A POVO VELHO, ANTIGO MESMO...
    QUE HORROR!

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  3. Joe, meu eterno ator contemporâneio!!! Adorei ser a Diana do seu "espetáculo". E adoraria fazer esse espetáculo de "todos os sentidos", com direção de Eleonor Montenegro, rsrsrsrsr!!! A cara dela, né??!! A nossa cara também!!!
    Bjim

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  4. Adorei a entrevista. As perguntas ácidas e provocantes do nosso entrevistador e as respostas com o humor inteligente do nosso amável Joe torna mais inteligível o mundo do teatro. Detalhe especial para as fotos, que estão belíssimas. Xeru para os dois.
    Aline

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  5. As fotos estão lííínnndassssss!!!!

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  6. Menino! ninguém dá nada por ele! mas olhe, minha patroa disse que vc se enganou em dois pontos. Quebra-queilos não é de Brecht, até pq conta a história de uma revolta paraibana. O texto é do próprio diretor Márcio Marciano. Já diria Karl Marx: Ideologia, eu quero uma pra viver... ou seria Cazuza? E o seu segundo garfo, minha patroa disse, é que Diário de um Louco não era dramaturgia até adaptarem, o texto de Gogol, é um conto. Já dizia Karl Marx: Ler ainda é o melhor remédio. Por isso, meu filho, se vc quiser, eu lhe dô uma oficina... de qualquer coisa, pois sua nescessidade é muita! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


    assinado A Maga Feia do Carai

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  7. A Maga é tudoooooooooooooooooooo! Joe tem dessas... ele é o proprio Google em carne osso... igualzinho... Lotado de informações... tem tudoooOooOoooOo! mas vez por isso da "barriga" nas notícias... kkkkkkkkkkkkkkkkkkk... morrendo de rir... eu ainda nao consegui ler essa matéria... Fé!

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  8. Primeiro: quem bussanha é a maga feia do carai? Kkkkkkk.... Bem atrevidinha ela.

    Bem, como não entendo nada de teatro, eu aprendi muito lendo essas linhas, passei três dias pra concluir... kkkkkk.... Joe, vc é sempre ótimo amor! E Joht está se superando como entrevistador.
    Como assim essa caverna do dragão? kkkk.... Adorei essa parte.... Morri de rir meninos.
    Um beijo pros dois.

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  9. oi meu amores... brigadu pelos comentários....
    em especial a maga feia do carai....!!!!!!!!!!
    realmente cometi uma gafe com o alfinin... peço perdão. Mas ainda bem que vc corrigiu... pra vc ver como são as coisas... e ninguem dá nada pela senhora!!!!!!!! mega informada... e quanto ao Gogol amor... como vc mesmo diz... o conto sofreu tratamento dramaturgico... quem não sabe que tratava-se de um conto????????????????
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    a sra sempre me surpreendendo.. quanto as oficinas ... bem, depois faço um questionário com a sra pra saber suas qualificações pra ministrar oficinas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    xeru maga!!!!!!!!!!!!!
    e xeru a todos...

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  10. Eita Joe, essa maltraçadas linhas parece que gosta de te provocar hein? ótimas perguntas... e respostas melhores ainda! Também vou fazer essa linha: Não respondo nada pessoal! hehehehe

    E... Eu tb prefiro Joevan DE Oliveira. O argumento de Eleonora foi forte, "junior" é filho de alguém, né ninguém não! kkkkk

    Beijão gato! Você merece todo o sucesso!

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  11. Joe meu filho,sou muito qualificada sim.tenho muita experiencia em casa de familia. .Lavo ,passo,conzinho,esfrego,dou um tempo,conzinho de novo,volto a esfregar,tiro pra fora,dou uma balançada e boto pra dormir.Tudo de olhos fechados!Dou referencias,e algo mais...Se for necessario.Como sou muito boazinha,e não tenho ODIO no coração,lhe ensino a fritar um ovo.Xero! Maga feia do carai

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  12. Vou de audiência nadaaaaaada....... depois de ter pedido para comprar creme de leite e cigarro e ter sido duxiado. Vá se lascaar! Não lí,não leio e nunca larei.....só quero dizer isso. Aind por cima, dando o dinheiro..... atrevimento do carai.....

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