- Aff! Que saudade que eu tô de dirigir.
- Oxe! E Faz de Conta?
- Hum, que é que tem? Tá bem, obrigado. Nada a ver! O filhinho tá crescendo e doido por um irmão novo rsrsrsrsrs. O foda é que não é só querer, né? Não é como literatura, que você pega a caneta e escreve. Mesmo assim, o que tem de gente com livrinho pronto dentro da gaveta, não tá no gibi, né? Mas eu queria... Não que eu tenha um projeto ou saiba ao certo o que tô querendo. É só o comichão. Saca o comichão? Aquela coceira que não passa? Pronto! É isso aí. Saudade de estar em processo, de poder experimentar, viajar em formas e ver aquilo tomando corpo.
- Mas tu num tem teus alunos?
- Sim! E daí? “Você não é um menino legal!” É diferente. É igual, mas diferente. É muito bom ter uma galera que troca com você, que tá na sintonia e se joga sem medo de errar, de fazer o ridículo. Que curte transpirar e repetir até encontrar algo bacana. Aluno é massa, mas não é sempre que encontramos uma turma envolvida, que tá na tara junto com você.
- Mas você tem que instigar seus alunos, fazer com que eles encontrem o prazer, descubram o prazer na labuta...
- Vou te contar,visse?! Tu é chato! Me deixa em paz, rapaz! A pessoa não pode fazer as duas coisas não, é? Num tô falando de aluno! E até tô, mas de um tipo específico. Daquele que tá ali não só por curiosidade, que não tá ali porque é tímido, não porque quer se vestir de mulher e acha que com o teatro vai poder fazer isso. E até pode ser com tudo isso, mas que ele descubra que não é só isso! Quero um ator ou um aluno, que a gente se mele de barro e monte Hamlet em cima de tijolos, à luz das fornalhas de uma olaria... Acho que exagerei. Mas é mais ou menos por aí... Essa semana fui dar uma força pra uns amigos da universidade que tavam tentando montar um esquete para o final de uma disciplina. Cara, como foi bom! Eu não tinha nem lido o texto e os meninos tinham duas ou três movimentações e as falas parcamente decoradas. Mas sabe quando a coisa flui? Quando você diz experimenta isso e o ator te dá isso, aquilo e aquilo outro, que você nem tava pensando e que é muito melhor? Não que os meninos sejam exímios atores, mas eles são ou pelo menos foram, naquele dia, naquela tarde, muito melhor que isso: foram atores disponíveis, que tavam ali para o que fosse proposto e para propor também.
Sei que é foda montar algo sem ter um projeto de incentivo aprovado ou algo do gênero; algum tipo de patrocínio que te dê um mínimo de infra-estrutura financeira para montar e mostrar esse trabalho, mas estou falando aqui de um comichão, então não entremos no mundo da lógica e nem me mandem procurar um dermatologista rsrsrsrsrsrsrs
Já fizemos tanto isso, não é? Montar sem ter nada. Sem perspectiva nenhuma. Cansa, né? É, eu sei. Tem o aluguel pra pagar. A conta de luz cada vez mais alta. Tô com vontade de cancelar o telefone.... mas sabe que algumas vezes as coisas assim até deram certo. Digo dá certo tanto no nível artístico como no financeiro... Mas que é difícil é... Mas como eu vivo dizendo para meus alunos: quem disse que fazer teatro é fácil?! rsrsrsrsrsrsrsr
Vocês assistiram Som & Fúria? Incrível como mesmo dentro daquela “realidade ficcional made in Canadá”, as dificuldades de se fazer teatro existem, né? Mesmo assim não troco minha vida, minha carreira, por profissão nenhuma. Amo meus alunos não entregues! Amo terminar uma temporada e perceber que ganhei mais naquela apresentação paga do que nas oito seções com bilheteria que fizemos. Amo ligar pra mainha e pedir uma grana emprestada (que não será paga). Antagônico? Ah! Que é que tem? Amo muito essa vida doida que a gente leva... na verdade, amo muito quando ocorre o contrario de tudo que eu disse, mas de toda forma eu amo.
Ai comichão que não passa!
- Oxe! E Faz de Conta?
- Hum, que é que tem? Tá bem, obrigado. Nada a ver! O filhinho tá crescendo e doido por um irmão novo rsrsrsrsrs. O foda é que não é só querer, né? Não é como literatura, que você pega a caneta e escreve. Mesmo assim, o que tem de gente com livrinho pronto dentro da gaveta, não tá no gibi, né? Mas eu queria... Não que eu tenha um projeto ou saiba ao certo o que tô querendo. É só o comichão. Saca o comichão? Aquela coceira que não passa? Pronto! É isso aí. Saudade de estar em processo, de poder experimentar, viajar em formas e ver aquilo tomando corpo.
- Mas tu num tem teus alunos?
- Sim! E daí? “Você não é um menino legal!” É diferente. É igual, mas diferente. É muito bom ter uma galera que troca com você, que tá na sintonia e se joga sem medo de errar, de fazer o ridículo. Que curte transpirar e repetir até encontrar algo bacana. Aluno é massa, mas não é sempre que encontramos uma turma envolvida, que tá na tara junto com você.
- Mas você tem que instigar seus alunos, fazer com que eles encontrem o prazer, descubram o prazer na labuta...
- Vou te contar,visse?! Tu é chato! Me deixa em paz, rapaz! A pessoa não pode fazer as duas coisas não, é? Num tô falando de aluno! E até tô, mas de um tipo específico. Daquele que tá ali não só por curiosidade, que não tá ali porque é tímido, não porque quer se vestir de mulher e acha que com o teatro vai poder fazer isso. E até pode ser com tudo isso, mas que ele descubra que não é só isso! Quero um ator ou um aluno, que a gente se mele de barro e monte Hamlet em cima de tijolos, à luz das fornalhas de uma olaria... Acho que exagerei. Mas é mais ou menos por aí... Essa semana fui dar uma força pra uns amigos da universidade que tavam tentando montar um esquete para o final de uma disciplina. Cara, como foi bom! Eu não tinha nem lido o texto e os meninos tinham duas ou três movimentações e as falas parcamente decoradas. Mas sabe quando a coisa flui? Quando você diz experimenta isso e o ator te dá isso, aquilo e aquilo outro, que você nem tava pensando e que é muito melhor? Não que os meninos sejam exímios atores, mas eles são ou pelo menos foram, naquele dia, naquela tarde, muito melhor que isso: foram atores disponíveis, que tavam ali para o que fosse proposto e para propor também.
Sei que é foda montar algo sem ter um projeto de incentivo aprovado ou algo do gênero; algum tipo de patrocínio que te dê um mínimo de infra-estrutura financeira para montar e mostrar esse trabalho, mas estou falando aqui de um comichão, então não entremos no mundo da lógica e nem me mandem procurar um dermatologista rsrsrsrsrsrsrs
Já fizemos tanto isso, não é? Montar sem ter nada. Sem perspectiva nenhuma. Cansa, né? É, eu sei. Tem o aluguel pra pagar. A conta de luz cada vez mais alta. Tô com vontade de cancelar o telefone.... mas sabe que algumas vezes as coisas assim até deram certo. Digo dá certo tanto no nível artístico como no financeiro... Mas que é difícil é... Mas como eu vivo dizendo para meus alunos: quem disse que fazer teatro é fácil?! rsrsrsrsrsrsrsr
Vocês assistiram Som & Fúria? Incrível como mesmo dentro daquela “realidade ficcional made in Canadá”, as dificuldades de se fazer teatro existem, né? Mesmo assim não troco minha vida, minha carreira, por profissão nenhuma. Amo meus alunos não entregues! Amo terminar uma temporada e perceber que ganhei mais naquela apresentação paga do que nas oito seções com bilheteria que fizemos. Amo ligar pra mainha e pedir uma grana emprestada (que não será paga). Antagônico? Ah! Que é que tem? Amo muito essa vida doida que a gente leva... na verdade, amo muito quando ocorre o contrario de tudo que eu disse, mas de toda forma eu amo.
Ai comichão que não passa!
aaaaaaaaaaaaaaaaa agora sim!
ResponderExcluirNão sei pq os cometários daqui não aparecem. Mayra e Hítalo disseram já ter comentado aqui, mas não tá rolando aparecer.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
ResponderExcluirtô achando que deu erro na hora de postar e eles não perceberam!!!!!!!!!!!