Experimentando outras possibilidades, o Mal Traçadas Linhas convida cinco lindas mulheres de opinião, para uma espécie de mesa redonda virtual. O processo que utilizamos foi meio complexo. Primeiramente criei um grupo de discussão só para esse fim, depois limitei o tempo em três dias para que houvesse as réplicas e tréplicas e virasse uma discussão entre elas. O que publicarei aqui é o resultado desse experimento extremamente feminino.
MTL: Ingrid Castro, Adeilma Bastos, Kassandra Brandão, Roberta Lígia e Fernanda Barboza, sejam bem vindas ao Mal Traçadas Linhas. Ingrid, Adeilma, Kassandra e Roberta são atrizes e também atuam em outras diversas áreas. A Castro trabalha com vendas pela Internet, Bastos é professora, Lígia é advogada e a Brandão também é estudante de Direito. Nossa quinta convidada, a Barboza, é comunicóloga e atualmente esta fazendo mestrado em Letras. Olá, meninas!
Fernanda Barbosa: Olá! Adorei o "lindas mulheres"...
Ingrid Castro: Ooooiiiii!!!!
Roberta Lígia: Oi, Joht!! Olá, meninas!!! Acho o máximo a ideia dessa mesa redonda e estou adorando está por aqui.
Adeilma Bastos: Oi.
Kassandra Brandão: Olá querido! Vou logo dizendo que tô adorando participar dessa mesa redonda!
MTL: Eu também tô adorando ter vocês aqui, Kass. Só pra situar nosso público, queria saber a idade de cada uma, o estado civil, se estão namorando... Esse tipo de pergunta incomoda alguém?
Fernanda Barbosa: kkkkkk.... A mim não... Vou fazer 29 daqui uns meses e estou solteira.
Adeilma Bastos: Eu tenho 29 anos, sou solteira e atualmente não estou namorando.
Kassandra Brandão: Acabei de fazer 24 anos. Tô solteira e essa pergunta não me incomoda! hehehehehe
Roberta Lígia: Tenho 27 anos. Estou ???????? e essa pergunta não incomoda.
MTL: (fingindo não ter percebido a hesitação de Roberta, mas sem querer constrangê-la) E você, Ingrid?
Ingrid Castro: Tenho 37 anos e sou casada. Depois dos 30, vai ficando cada vez mais difícil dizer a idade!!! rsrsrsrs
Fernanda Barboza: Difícil Ingrid? Deixe de mentira... Não com esse corpinho...
Ingrid Castro: Obrigada Fernanda, mas nada como o frescor da juventude! Não sei se vocês perceberam, mas o 37 acima, tá bem pequenininho, rsrsrsrsrsr, pra ver se passa despercebido!!! kkkkkkkkkkkkkk.
Roberta Lígia: Ingrid, você está ótima! Deixe de bobagem! Se eu tiver com o seu corpo aos 37 anos vou está muito feliz!! Aliás, vou arrasar. rsrsrsrsrs...
Kassandra Brandão: Ingrid... Deixe de coisa! Você está maravilhosa! Tá bem melhor do que a gente!
MTL: Hoje em dia está mais complicado ter uma relação afetiva entre homem e uma mulher do que antigamente? Será que há diferença ou menos complicação num namoro entre duas mulheres?
Fernanda Barbosa: A primeira resposta é sim. Acho que hoje é mais difícil manter uma relação afetiva, porque as relações mudaram muito, as mulheres têm outros interesses e um relacionamento é só um complemento na vida dela. Acredito que os homens ainda não conseguiram se adaptar a isso, porque sempre foram uma espécie de "centro das atenções e interesses da mulher"...Acho que hoje as mulheres querem os homens, mas não mais precisam deles, e isso frustra. As relações estarem mais descartáveis também é um ponto e existem muitos outros a discutir. Sobre a segunda pergunta, não acho que uma relação entre duas mulheres seja mais fácil, ou mais difícil... Cada casal é cada casal.
Adeilma Bastos: Acho que de fato está mais complicado se relacionar, na minha opinião é uma tendência do momento. Quanto ao namoro entre meninas, acho que enfrenta as mesmas dificuldades de qualquer relação, acrescido, ainda da discriminação por parte da sociedade.
Kassandra Brandão: Hoje em dia está sim mais difícil manter um relacionamento. Tem sim haver com a independência feminina. Os homens ficam com mais medo de se envolver com mulheres tão seguras, não sei por que, acho bobagem isso. E outra, também vamos combinar, estamos mais seletivas e com o passar dos anos vamos ficando mais. Não queremos nos envolver com "qualquer um". E em relacionamento entre mulheres não sei falar bem. Mas todo relacionamento é difícil. Seja ele hetero ou não. Somos humanos, não é?
Roberta Lígia: Todo relacionamento tem suas complicações, seja em que época for, seja entre pessoas do mesmo sexo ou não. A gente vai se moldando a um determinado período e vai vivendo conforme a vida nos é colocada. Lógico que hoje as situações estão mais escancaradas, as pessoas estão mais "acessíveis" (hehehehehe...), as mulheres estão dominando mais o seu espaço... Mas assim como hoje, antigamente os relacionamentos também esfriavam, as pessoas traíam, deixavam de gostar e de respeitar umas as outras. Na maioria das vezes, tínhamos que ficar presas a uma pessoa por toda uma vida, a um casamento que só era desfeito com a morte, mas muitas vezes a relação afetiva não mais existia, sequer havia mais amor de homem e mulher. E era assim por que havia a grande necessidade de satisfazer a sociedade. Levando em consideração isso, prefiro pensar que é mais fácil ter uma relação afetiva hoje, por que a gente tem a possibilidade de entrar e sair de um relacionamento, de vivenciar outras histórias e escolher o que é melhor para as nossas vidas. Prefiro pensar que se eu tivesse com meu primeiro namorado até hoje minha vida certamente não seria a mesma, e foi muito bom ter passado por novas experiências. O importante é a gente saber conviver, respeitar as diferenças, mas nunca se esquecer de se AMAR. E aí vou vivendo, curtindo e aprendendo, na dor OU no amor, na dor E no amor.
Ingrid Castro: RELACIONAMENTO é difícil!! Seja entre homem e mulher, amigos, pais e filhos, etc, etc.
MTL: Ser mulher é difícil quando? Ser mulher é difícil?
Adeilma Bastos
Adeilma Bastos: Às vezes sim. É difícil. Principalmente quando somos agredidas por homens machistas.
Fernanda Barbosa: Ser mulher é uma delícia. Quero vir mulher em todas as reencarnações, se elas existirem.
Kassandra Brandão: Como disse minha amiga Adeilma, ser mulher é difícil quando vivemos em uma sociedade machista. Mas não acho ser mulher difícil. Ser mulher é maravilhoso. Somos muito fortes, determinadas e sensíveis.
Ingrid Castro: Adoro ser mulher!!! Tem muitas vantagens em ser mulher... Principalmente se a mulher é bonita e inteligente!!! Quanto ao machismo que Kassandra e Adeilma falam, sempre fui superior a isso. Os machistas não merecem nem um olhar!!! kkkkkkkkkkk
Fernanda Barboza: Pois é. Eu concordo com a Ingrid. As atitudes machistas também nunca me atingiram. Acho que isso, no meu caso, se relaciona com o fato de ter sido criada numa família inteiramente matriarcal.
Roberta Lígia: Em uma sociedade machista, temos de nos fortalecer mais ainda, mas não acho difícil. Não tenho nenhum problema em ser mulher. Adoro ser mulher e feminina!!!
MTL: Menstruar faz parte? TPM faz parte? Vocês são a favor dos tratamentos que evitam o fluxo?
Ingrid Castro
Adeilma Bastos: É, infelizmente menstruar faz parte, mas não sou favorável a estes tratamentos, devido às complicações decorrentes da interrupção.
Fernanda Barbosa: Menstruar faz parte, TPM pode ser amenizada com tratamento. Não sou contra o tratamento que evita o fluxo, porque para algumas mulheres é um período do mês bem sofrível. Eu particularmente não faria... Menstruação não me incomoda em nenhum aspecto e depois do O.B. então...
Ingrid Castro: TPM existe, e eu sou a prova viva disto!!! Essa é a parte ruim!!! Evitar o fluxo... já tentei, não deu certo comigo!!!
Kassandra Brandão: Então... faz parte sim. Só é ruim quando tem cólicas, que é uó! As famosas TPM's também fazem parte, mas dá pra se "controlar" um pouco. hehehe Em relação a interrupção da menstruação, há casos e casos. Existem mulheres que realmente precisam interromper por questões de saúde. Não sou contra.
Roberta Lígia: Nunca tive problemas com TPM, e nem com cólicas absurdas. Mas já fui vítima da TPM de outras pessoas (rsrsrsrs...). Quanto aos tratamentos que evitam o fluxo, não posso falar muito por que nunca me aprofundei no assunto. Já ouvi falar que pode causar problemas, mas se os efeitos colaterais forem pequenos, não há por que ir contra algo que veio para facilitar, até por que qual é a mulher que nunca se queixou de não poder usar um biquíni!!??? rsrsrsrs...
Fernanda Barboza: Mas é isso Roberta. Até a questão de não poder usar biquini, coisa que me frustrava muito na adolescência, hoje não incomoda, os O.B's fazem você nem se lembrar que está menstruada (funciona comigo)... Existem muitas indústrias hoje preocupadas com as questões femininas e isso só faz com que ser mulher seja ainda melhor do que sempre foi.
Kassandra Brandão: O.B é tudo nessa vida! Também funciona comigo, Fernanda. Dá para ir à praia muito tranquila, sem stress.
MTL: Nós sempre brincamos com o lance de vocês terem queimados os sutiãs em praça pública e vocês me respondem que não estavam lá rsrsrsrsrss. Hoje a mulher tem seu merecido e suado espaço. Também é comum sentirem falta do velho cavalheirismo. Não há algum antagonismo aí? O movimento feminista morreu e suas filhas não reconhecem sua herança?
Fernanda Barbosa: Kkkkkkkkkkkkkkk... Eu acho que existe uma feminista em mim que acorda sempre que há alguma questão de gênero em pauta. Sou defensora da classe mesmo... Não acho que desejar momentos de cavalheirismo seja antagônico a querer ser reconhecida pelo seu valor. Qual o problema em trabalhar, estudar, cuidar de filhos, de casa, de si, e ao mesmo tempo querer ser cuidada um pouco às vezes também? Somos fortes, mas sensíveis. Não deixamos de ser mulher, com necessidades de mulher, porque queimamos os sutiãs e temos o nosso espaço hoje.
Adeilma Bastos: Não. O movimento feminista não morreu, está mais atuante do que nunca. Acho que cavalheirismo não tem nada a ver com a morte do feminismo, mas com a morte de certos valores na sociedade, entre eles os laços de solidariedade entre os humanos. Ser feminista não quer dizer que a mulher tenha que levar "pancadas" simbólicas para mostrar que é forte. Gentileza e cavalheirismo é bom pra todo mundo, feministas ou não feministas.
Ingrid Castro: Pois é, concordo. Cavalheirismo não tem nada a ver com reconhecer ou não o nosso valor, os nossos diretos e nossas fragilidades também. Os homens esqueceram o cavalheirismo. Pior! Trocaram esses conceitos por cavalisse!!! Só não acho justo a mulher acumular os serviços da casa e do trabalho, e o marido continuar querendo só ser servido em casa!!! Homens, acordem!!! Os tempos mudaram!!!
Kassandra Brandão: Não sou a favor do feminismo, nem do machismo. Sou a favor dos direitos iguais. Escolhendo umas dessas duas opções, acabamos de uma forma ou de outra desrespeitando o sexo oposto. Não acho que uma mulher aceitar o cavalheirismo esteja sendo submissa. Carinho sempre é bom! Respeito, é nisso que acredito.
Ingrid Castro: Ah! Tem mais, uma mulher inteligente sabe ser machista na hora certa, só pra facilitar algumas coisinhas, kkkkkkkkkkkk. É como um amigo meu, que só se lembra que é deficiente físico pra tirar proveito!!! Eita! Pode falar do entrevistador???
MTL: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Desculpe, Beta. Pode falar rsrsrsrsrsrs.
Roberta Lígia
Roberta Lígia: Sou a favor dos direitos iguais, mas ainda há o que ser feito para que eles se igualem, em razão disso acho imprescindível que o movimento feminista continue atuante. Queremos receber o mesmo salário e ter as mesmas oportunidades, mas isso não quer dizer que não gostamos de ser tratadas bem. Somos sensíveis, femininas, delicadas, somos MULHERES! E cuidado e atenção sempre é bom. É de se lamentar a ideia de associar cavalheirismo a machismo, até por que o cavalheirismo está ligado às boas-maneiras, e quando o homem age assim, ele tem a intenção de respeitar e de tratar bem, então por que achar ruim?! Um VIVA ao cavalheirismo!!! E vamos também retribuir uma boa gentileza.
Fernanda Barboza: Concordo com a Roberta, quando ela coloca que o movimento feminista tem que continuar atuante. Muitas vezes o discurso do "as mulheres JÁ conseguiram seu espaço" mascara ainda muitas injustiças, muita diferença, muita discriminação. Em diversos setores de trabalho, nós continuamos recebendo menos. A Ingrid também falou sobre o trabalho doméstico, que continua sendo na maioria dos lares, "serviço da mulher". Com as atividades de casa, com o cuidado dos filhos, e o emprego fora, as mulheres acumulam diversas jornadas de trabalho, isso também não deixa de ser exploração e também precisa ser discutido, repensado e transformado.
Kassandra Brandão: É verdade, a mulher ainda acumula diversas jornadas, mas a divisão de trabalhos tem que começar da gente. Colocar o marido, companheiro, namorado para participar das atividades domésticas e familiares e educar os filhos dessa forma também. Desde a minha adolescência vivo numa familia praticamente Matriarcal, meu pai é muito presente, mas não mora conosco. Minha mãe trabalha fora e sempre tivemos divisões de tarefas em casa. Eu, minha mãe e meu irmão, todo mundo sabe cozinhar (o básico), arrumar casa, lavar roupa, banheiro, trocar lâmpada, etc. Todas essas coisinhas legais que todo mundo empurra só para a mulher fazer.
MTL: Vamos falar um pouco de amor, sexo, ficar, ter casos extraconjugais... É correto afirmar que a mulher tem o mesmo instinto sexual do homem? “Mulher não trai, mulher se vinga?” rsrsrsrsrsrsrsrs A mulher está solteira por opção? Por opção de quem? rsrsrsrsrsrs
Kassandra Brandão: Claro que mulher tem instinto sexual! Odeio aquela frase ridícula que diz: "o homem tem necessidade", me poupe! A diferença é que nós mulheres precisamos de um "q" a mais. Não basta só um rostinho bonito para nos conquistar, tem que ter mais que isso. E no quesito traição... Na maioria dos casos, a mulher se vinga sim!
Adeilma Bastos: O instinto sexual existe para ambos os sexos, no entanto a forma como a cultura ocidental foi conduzida fez com que as mulheres tenham esses desejos de forma menos explicita, para o homem é necessário o tempo todo provarem a virilidade. Quanto a mulher não trai, mulher se vinga, isso é falácia de quem não tem o que fazer, mulher trai mesmo e daí? A ideia de vingança coloca a mulher no papel de sempre: a sorrateira, vingativa e dissimulada. Pera lá, vamos ser francos... Outra coisa, a mulher está solteira por opção das contingências. As pessoas querem cada vez menos se relacionar. Seja de que opção sexual for.
Fernanda Barbosa: Muitas perguntas... kkkkkkkkkkkkkkk....... Vamos por partes... Essa primeira questão é complicada, existe um zilhão de teorias que comprovam biologicamente a diferença entre os instintos sexuais. Essas teorias entram em choque com o pensamento e as ações de muitas mulheres de hoje. Eu acho inegável a diferença entre o comportamento sexual do homem e da mulher, só não sei se fico com a teoria biológica ou cultural. Nos ensinaram tantas coisas, tantas condutas, isso afeta com certeza nossa maneira de lidar com as relações amorosas, sexuais. Eu vejo muita diferença. A outra questão... Mulher trai, lógico. E não necessariamente pra se vingar, que besteira! kkkkkk... Sempre falo pra minha irmã, primas e amigas... Não vivemos em cápsulas, as situações existem e podem nos surpreender... O próprio conceito de traição pode variar de opinião. O que é traição pra mim, pode não ser pra outra pessoa. A última questão é a mais difícil de responder pra mim. Eu estou solteira, e de verdade, não sei se por opção minha ou dos homens, kkkkkk. Não nesse momento atual da minha vida, que tenho estado pilhada com outras histórias. Depois tu propões uma enquete.
MTL: rsrsrsrsrsrsr
Ingrid Castro: Tanto os homens quanto as mulheres traem. Particularmente não acho bacana a traição, termina todo mundo se machucando, inclusive quem traiu. Odeio essa frase: Mulher não trai, se vinga!!! Traição vingativa!!! É peso!!! Não acredito nisso. Quanto ao desejo do homem e o da mulher, com certeza são diferentes, e são despertados de maneira diferente também. Diante de tantas opiniões relacionadas a isso, vou citar uma que acho bacana: “O estímulo da mulher vem pelo ouvir, e o estímulo do homem pelo olhar”. Claro que um não elimina o outro, mas acredito muito nisso. Acho que muitos homens não sabem despertar o desejo da mulher, falta sensibilidade. A intimidade pode ser uma aliada para o aperfeiçoamento do relacionamento. Ah! Solterisse às vezes é opção mesmo, às vezes a mulher é muito exigente, e às vezes é falta de quem queira mesmo, kkkkkkk.
Roberta Lígia: Ao contrário do homem, que costuma ter seus impulsos sexuais centrados no instinto, acredito que a mulher, em regra, costuma racionalizar mais a sexualidade. Lógico que isso não quer dizer que ela não vai ter desejos, mas seus genitais não têm decisão determinante (kkkkkkkkkk...). Ela costuma exigir uma boa abordagem e só aí o seu corpo vai seguir o impulso da razão. Quanto a frase "mulher não trai, mulher se vinga"... Isso vai depender de cada caso. Se formos pensar que não há sentimento, que é algo mecânico, então lógico que pode haver apenas vingança - uma vingança no seu estado puro, se é que podemos chamar assim. Mas essa vingança também pode vir acompanhada de uma boa traição - a vingança no seu estado sujo, com uma mistura de amor (pelo "affair") e ódio (pelo ex). Se sou a favor?? NÃO. Prefiro pensar que as coisas podem ser resolvidas e depois cada um segue a sua vida. Aliás, tem coisa melhor do que beijo apaixonado?!! rsrsrsrsrsrs...Em relação a estar solteira... Às vezes queremos simplesmente estar sozinhas ou não temos muitos pretendentes que realmente nos encante. Outras vezes, essa opção pode não ser nem nossa. Apenas sei que os homens também se apaixonam e sofrem, assim com a gente. Além disso, ainda não descobriram a fórmula para deixar de amar ou para amar só quem nos ame.
Kassandra Brandão: Gostei muito da resposta da Ingrid. Realmente, o estimulo da mulher vem no ouvir e o do homem no olhar. Traição é um assunto, sempre, muito delicado. Há mulheres que se vingam sim, e eu fui a única que falou isso aqui. Concordo com o que todas falaram. Mas só para deixar claro, eu não quis dizer que são todas as mulheres que se vingam e nem que isso acontece em todos os casos de traição feminina. Por isso que digo que é delicado falar sobre o assunto. É preciso saber o que ocorreu na relação para acontecer a traição, antes de julgar. Existem "N" motivos. Enfim... escrevi apenas para complementar minha resposta acima.
MTL: Pra terminar esse papo com um assunto mais leve e como estamos no Mal Traçadas Linhas, vamos falar um pouco de teatro. Como vocês enxergam o teatro em João Pessoa hoje? Falta um toque feminino a frente das produções, não é? Ainda há setores que vocês não se fazem muito presentes.
Fernanda Barbosa: Eita... Teatro... Acho que estou meio fora de forma pra dá esse tipo de opinião.
Kassandra Brandão: Nosso teatro paraibano está cheio de talentos, com poucas oportunidades! E temos atrizes lindíssimas e talentosíssimas! Falta sim mais mulheres a frente de produções teatrais, o nosso toque feminino!
Adeilma Bastos: O teatro, assim como diversas segmentos culturais da cidade são ainda muito falocráticos, mas afinal a culpa é de quem? Eu não sei responder. Talvez das mulheres que não mostram suas produções, porque elas existem, e isso todos nós sabemos.
Ingrid Castro: Realmente são poucas mulheres nas áreas a fins do teatro. Mas as poucas atuantes fazem bonito. Na luz: Marinalva Rodrigues, no figurino: Tainá Macedo, na direção: Eleonora Montenegro (Claro rsrsrsrsrsrs), nos palcos são muitas, viu!!!! Lindas e maravilhosas.
Roberta Lígia: O importante é que as mulheres do teatro paraibano estão em todas as áreas. Muitas são talentosas e com grande potencial, e estão tomando o seu espaço, mostrando a sua "cara".
MTL: Muito obrigado a todas. Creio que tivemos uma discussão de nível e com questionamentos que dizem muito da mulher de hoje. Suas últimas palavras para os nossos leitores.
Kassandra Brandão: Queria dizer que adorei participar desse bate papo e dizer que nós mulheres somos guerreiras sim, trabalhamos fora, estudamos, cuidamos dos filhos, do lar, do marido, de nós mesmas e de salto alto! Claro que essa frase não é minha, mas gosto dela! Nós mulheres merecemos respeito em todas as áreas! Aliás... Todos os sexos merecem respeito! Beijão, Joht!
Adeilma Bastos: De fato, muito interessante a proposta de discussão, pois muitas vezes não paramos para sistematizar certas reflexões em torno do nosso cotidiano como mulheres numa sociedade falocrática, machista e perseguidora, que ultrapassa, inclusive esses limites, visto que a origem desses males está mesmo é no sistema capitalista que nos educa a desamar o próximo e buscar sempre obter vantagens, sejam elas quais forem e, uma boa engenharia do capitalismo foi de fato aprofundar o sexismo. Namastê!
MTL: Namastê.
Roberta Lígia: Guerreira e frágil, amante e amada, feminista e feminina, forte e delicada, mãe e filha... Somos MULHERES! Obrigada pelo espaço. Muito interessante a sua proposta.
Fernanda Barbosa: Bem leitores, se vocês chegaram até o fim. Obrigada pela atenção! E obrigada, Joht, por propiciar um espaço tão interessante. Abraços a quem por aqui passar...
Ingrid Castro: E VIVA AS MULHERES!!! RSRSRSSRSRSR
MTL: VIVA!!!!!!!!!!!!!!!