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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Clube da Luluzinha



Roberta Lígia, Kassandra Brandão, Adeilma Bastos, Fernanda Barboza e Ingrid Castro

Experimentando outras possibilidades, o Mal Traçadas Linhas convida cinco lindas mulheres de opinião, para uma espécie de mesa redonda virtual. O processo que utilizamos foi meio complexo. Primeiramente criei um grupo de discussão só para esse fim, depois limitei o tempo em três dias para que houvesse as réplicas e tréplicas e virasse uma discussão entre elas. O que publicarei aqui é o resultado desse experimento extremamente feminino.


MTL: Ingrid Castro, Adeilma Bastos, Kassandra Brandão, Roberta Lígia e Fernanda Barboza, sejam bem vindas ao Mal Traçadas Linhas. Ingrid, Adeilma, Kassandra e Roberta são atrizes e também atuam em outras diversas áreas. A Castro trabalha com vendas pela Internet, Bastos é professora, Lígia é advogada e a Brandão também é estudante de Direito. Nossa quinta convidada, a Barboza, é comunicóloga e atualmente esta fazendo mestrado em Letras. Olá, meninas!


Fernanda Barbosa: Olá! Adorei o "lindas mulheres"...


Ingrid Castro: Ooooiiiii!!!!


Roberta Lígia: Oi, Joht!! Olá, meninas!!! Acho o máximo a ideia dessa mesa redonda e estou adorando está por aqui.


Adeilma Bastos: Oi.


Kassandra Brandão: Olá querido! Vou logo dizendo que tô adorando participar dessa mesa redonda!


MTL: Eu também tô adorando ter vocês aqui, Kass. Só pra situar nosso público, queria saber a idade de cada uma, o estado civil, se estão namorando... Esse tipo de pergunta incomoda alguém?


Fernanda Barbosa


Fernanda Barbosa: kkkkkk.... A mim não... Vou fazer 29 daqui uns meses e estou solteira.


Adeilma Bastos: Eu tenho 29 anos, sou solteira e atualmente não estou namorando.


Kassandra Brandão: Acabei de fazer 24 anos. Tô solteira e essa pergunta não me incomoda! hehehehehe


Roberta Lígia: Tenho 27 anos. Estou ???????? e essa pergunta não incomoda.rsrsrsrsrsrs...


MTL: (fingindo não ter percebido a hesitação de Roberta, mas sem querer constrangê-la) E você, Ingrid?


Ingrid Castro: Tenho 37 anos e sou casada. Depois dos 30, vai ficando cada vez mais difícil dizer a idade!!! rsrsrsrs


Fernanda Barboza: Difícil Ingrid? Deixe de mentira... Não com esse corpinho...


Ingrid Castro: Obrigada Fernanda, mas nada como o frescor da juventude! Não sei se vocês perceberam, mas o 37 acima, tá bem pequenininho, rsrsrsrsrsr, pra ver se passa despercebido!!! kkkkkkkkkkkkkk.


Roberta Lígia: Ingrid, você está ótima! Deixe de bobagem! Se eu tiver com o seu corpo aos 37 anos vou está muito feliz!! Aliás, vou arrasar. rsrsrsrsrs...


Kassandra Brandão: Ingrid... Deixe de coisa! Você está maravilhosa! Tá bem melhor do que a gente!


MTL: Hoje em dia está mais complicado ter uma relação afetiva entre homem e uma mulher do que antigamente? Será que há diferença ou menos complicação num namoro entre duas mulheres?


Fernanda Barbosa: A primeira resposta é sim. Acho que hoje é mais difícil manter uma relação afetiva, porque as relações mudaram muito, as mulheres têm outros interesses e um relacionamento é só um complemento na vida dela. Acredito que os homens ainda não conseguiram se adaptar a isso, porque sempre foram uma espécie de "centro das atenções e interesses da mulher"...Acho que hoje as mulheres querem os homens, mas não mais precisam deles, e isso frustra. As relações estarem mais descartáveis também é um ponto e existem muitos outros a discutir. Sobre a segunda pergunta, não acho que uma relação entre duas mulheres seja mais fácil, ou mais difícil... Cada casal é cada casal.


Adeilma Bastos: Acho que de fato está mais complicado se relacionar, na minha opinião é uma tendência do momento. Quanto ao namoro entre meninas, acho que enfrenta as mesmas dificuldades de qualquer relação, acrescido, ainda da discriminação por parte da sociedade.


Kassandra Brandão: Hoje em dia está sim mais difícil manter um relacionamento. Tem sim haver com a independência feminina. Os homens ficam com mais medo de se envolver com mulheres tão seguras, não sei por que, acho bobagem isso. E outra, também vamos combinar, estamos mais seletivas e com o passar dos anos vamos ficando mais. Não queremos nos envolver com "qualquer um". E em relacionamento entre mulheres não sei falar bem. Mas todo relacionamento é difícil. Seja ele hetero ou não. Somos humanos, não é?


Roberta Lígia: Todo relacionamento tem suas complicações, seja em que época for, seja entre pessoas do mesmo sexo ou não. A gente vai se moldando a um determinado período e vai vivendo conforme a vida nos é colocada. Lógico que hoje as situações estão mais escancaradas, as pessoas estão mais "acessíveis" (hehehehehe...), as mulheres estão dominando mais o seu espaço... Mas assim como hoje, antigamente os relacionamentos também esfriavam, as pessoas traíam, deixavam de gostar e de respeitar umas as outras. Na maioria das vezes, tínhamos que ficar presas a uma pessoa por toda uma vida, a um casamento que só era desfeito com a morte, mas muitas vezes a relação afetiva não mais existia, sequer havia mais amor de homem e mulher. E era assim por que havia a grande necessidade de satisfazer a sociedade. Levando em consideração isso, prefiro pensar que é mais fácil ter uma relação afetiva hoje, por que a gente tem a possibilidade de entrar e sair de um relacionamento, de vivenciar outras histórias e escolher o que é melhor para as nossas vidas. Prefiro pensar que se eu tivesse com meu primeiro namorado até hoje minha vida certamente não seria a mesma, e foi muito bom ter passado por novas experiências. O importante é a gente saber conviver, respeitar as diferenças, mas nunca se esquecer de se AMAR. E aí vou vivendo, curtindo e aprendendo, na dor OU no amor, na dor E no amor.


Ingrid Castro: RELACIONAMENTO é difícil!! Seja entre homem e mulher, amigos, pais e filhos, etc, etc.


MTL: Ser mulher é difícil quando? Ser mulher é difícil?


Adeilma Bastos


Adeilma Bastos: Às vezes sim. É difícil. Principalmente quando somos agredidas por homens machistas.


Fernanda Barbosa: Ser mulher é uma delícia. Quero vir mulher em todas as reencarnações, se elas existirem.


Kassandra Brandão: Como disse minha amiga Adeilma, ser mulher é difícil quando vivemos em uma sociedade machista. Mas não acho ser mulher difícil. Ser mulher é maravilhoso. Somos muito fortes, determinadas e sensíveis.


Ingrid Castro: Adoro ser mulher!!! Tem muitas vantagens em ser mulher... Principalmente se a mulher é bonita e inteligente!!! Quanto ao machismo que Kassandra e Adeilma falam, sempre fui superior a isso. Os machistas não merecem nem um olhar!!! kkkkkkkkkkk


Fernanda Barboza: Pois é. Eu concordo com a Ingrid. As atitudes machistas também nunca me atingiram. Acho que isso, no meu caso, se relaciona com o fato de ter sido criada numa família inteiramente matriarcal.


Roberta Lígia: Em uma sociedade machista, temos de nos fortalecer mais ainda, mas não acho difícil. Não tenho nenhum problema em ser mulher. Adoro ser mulher e feminina!!!


MTL: Menstruar faz parte? TPM faz parte? Vocês são a favor dos tratamentos que evitam o fluxo?


Ingrid Castro


Adeilma Bastos: É, infelizmente menstruar faz parte, mas não sou favorável a estes tratamentos, devido às complicações decorrentes da interrupção.


Fernanda Barbosa: Menstruar faz parte, TPM pode ser amenizada com tratamento. Não sou contra o tratamento que evita o fluxo, porque para algumas mulheres é um período do mês bem sofrível. Eu particularmente não faria... Menstruação não me incomoda em nenhum aspecto e depois do O.B. então...


Ingrid Castro: TPM existe, e eu sou a prova viva disto!!! Essa é a parte ruim!!! Evitar o fluxo... já tentei, não deu certo comigo!!!


Kassandra Brandão: Então... faz parte sim. Só é ruim quando tem cólicas, que é uó! As famosas TPM's também fazem parte, mas dá pra se "controlar" um pouco. hehehe Em relação a interrupção da menstruação, há casos e casos. Existem mulheres que realmente precisam interromper por questões de saúde. Não sou contra.


Roberta Lígia: Nunca tive problemas com TPM, e nem com cólicas absurdas. Mas já fui vítima da TPM de outras pessoas (rsrsrsrs...). Quanto aos tratamentos que evitam o fluxo, não posso falar muito por que nunca me aprofundei no assunto. Já ouvi falar que pode causar problemas, mas se os efeitos colaterais forem pequenos, não há por que ir contra algo que veio para facilitar, até por que qual é a mulher que nunca se queixou de não poder usar um biquíni!!??? rsrsrsrs...


Fernanda Barboza: Mas é isso Roberta. Até a questão de não poder usar biquini, coisa que me frustrava muito na adolescência, hoje não incomoda, os O.B's fazem você nem se lembrar que está menstruada (funciona comigo)... Existem muitas indústrias hoje preocupadas com as questões femininas e isso só faz com que ser mulher seja ainda melhor do que sempre foi.


Kassandra Brandão: O.B é tudo nessa vida! Também funciona comigo, Fernanda. Dá para ir à praia muito tranquila, sem stress.


MTL: Nós sempre brincamos com o lance de vocês terem queimados os sutiãs em praça pública e vocês me respondem que não estavam lá rsrsrsrsrss. Hoje a mulher tem seu merecido e suado espaço. Também é comum sentirem falta do velho cavalheirismo. Não há algum antagonismo aí? O movimento feminista morreu e suas filhas não reconhecem sua herança?


Kassandra Brandão


Fernanda Barbosa: Kkkkkkkkkkkkkkk... Eu acho que existe uma feminista em mim que acorda sempre que há alguma questão de gênero em pauta. Sou defensora da classe mesmo... Não acho que desejar momentos de cavalheirismo seja antagônico a querer ser reconhecida pelo seu valor. Qual o problema em trabalhar, estudar, cuidar de filhos, de casa, de si, e ao mesmo tempo querer ser cuidada um pouco às vezes também? Somos fortes, mas sensíveis. Não deixamos de ser mulher, com necessidades de mulher, porque queimamos os sutiãs e temos o nosso espaço hoje.


Adeilma Bastos: Não. O movimento feminista não morreu, está mais atuante do que nunca. Acho que cavalheirismo não tem nada a ver com a morte do feminismo, mas com a morte de certos valores na sociedade, entre eles os laços de solidariedade entre os humanos. Ser feminista não quer dizer que a mulher tenha que levar "pancadas" simbólicas para mostrar que é forte. Gentileza e cavalheirismo é bom pra todo mundo, feministas ou não feministas.


Ingrid Castro: Pois é, concordo. Cavalheirismo não tem nada a ver com reconhecer ou não o nosso valor, os nossos diretos e nossas fragilidades também. Os homens esqueceram o cavalheirismo. Pior! Trocaram esses conceitos por cavalisse!!! Só não acho justo a mulher acumular os serviços da casa e do trabalho, e o marido continuar querendo só ser servido em casa!!! Homens, acordem!!! Os tempos mudaram!!!


Kassandra Brandão: Não sou a favor do feminismo, nem do machismo. Sou a favor dos direitos iguais. Escolhendo umas dessas duas opções, acabamos de uma forma ou de outra desrespeitando o sexo oposto. Não acho que uma mulher aceitar o cavalheirismo esteja sendo submissa. Carinho sempre é bom! Respeito, é nisso que acredito.


Ingrid Castro: Ah! Tem mais, uma mulher inteligente sabe ser machista na hora certa, só pra facilitar algumas coisinhas, kkkkkkkkkkkk. É como um amigo meu, que só se lembra que é deficiente físico pra tirar proveito!!! Eita! Pode falar do entrevistador???


MTL: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Desculpe, Beta. Pode falar rsrsrsrsrsrs.


Roberta Lígia


Roberta Lígia: Sou a favor dos direitos iguais, mas ainda há o que ser feito para que eles se igualem, em razão disso acho imprescindível que o movimento feminista continue atuante. Queremos receber o mesmo salário e ter as mesmas oportunidades, mas isso não quer dizer que não gostamos de ser tratadas bem. Somos sensíveis, femininas, delicadas, somos MULHERES! E cuidado e atenção sempre é bom. É de se lamentar a ideia de associar cavalheirismo a machismo, até por que o cavalheirismo está ligado às boas-maneiras, e quando o homem age assim, ele tem a intenção de respeitar e de tratar bem, então por que achar ruim?! Um VIVA ao cavalheirismo!!! E vamos também retribuir uma boa gentileza.


Fernanda Barboza: Concordo com a Roberta, quando ela coloca que o movimento feminista tem que continuar atuante. Muitas vezes o discurso do "as mulheres JÁ conseguiram seu espaço" mascara ainda muitas injustiças, muita diferença, muita discriminação. Em diversos setores de trabalho, nós continuamos recebendo menos. A Ingrid também falou sobre o trabalho doméstico, que continua sendo na maioria dos lares, "serviço da mulher". Com as atividades de casa, com o cuidado dos filhos, e o emprego fora, as mulheres acumulam diversas jornadas de trabalho, isso também não deixa de ser exploração e também precisa ser discutido, repensado e transformado.


Kassandra Brandão: É verdade, a mulher ainda acumula diversas jornadas, mas a divisão de trabalhos tem que começar da gente. Colocar o marido, companheiro, namorado para participar das atividades domésticas e familiares e educar os filhos dessa forma também. Desde a minha adolescência vivo numa familia praticamente Matriarcal, meu pai é muito presente, mas não mora conosco. Minha mãe trabalha fora e sempre tivemos divisões de tarefas em casa. Eu, minha mãe e meu irmão, todo mundo sabe cozinhar (o básico), arrumar casa, lavar roupa, banheiro, trocar lâmpada, etc. Todas essas coisinhas legais que todo mundo empurra só para a mulher fazer.


MTL: Vamos falar um pouco de amor, sexo, ficar, ter casos extraconjugais... É correto afirmar que a mulher tem o mesmo instinto sexual do homem? “Mulher não trai, mulher se vinga?” rsrsrsrsrsrsrsrs A mulher está solteira por opção? Por opção de quem? rsrsrsrsrsrs


Kassandra Brandão: Claro que mulher tem instinto sexual! Odeio aquela frase ridícula que diz: "o homem tem necessidade", me poupe! A diferença é que nós mulheres precisamos de um "q" a mais. Não basta só um rostinho bonito para nos conquistar, tem que ter mais que isso. E no quesito traição... Na maioria dos casos, a mulher se vinga sim!


Adeilma Bastos: O instinto sexual existe para ambos os sexos, no entanto a forma como a cultura ocidental foi conduzida fez com que as mulheres tenham esses desejos de forma menos explicita, para o homem é necessário o tempo todo provarem a virilidade. Quanto a mulher não trai, mulher se vinga, isso é falácia de quem não tem o que fazer, mulher trai mesmo e daí? A ideia de vingança coloca a mulher no papel de sempre: a sorrateira, vingativa e dissimulada. Pera lá, vamos ser francos... Outra coisa, a mulher está solteira por opção das contingências. As pessoas querem cada vez menos se relacionar. Seja de que opção sexual for.


Fernanda Barbosa: Muitas perguntas... kkkkkkkkkkkkkkk....... Vamos por partes... Essa primeira questão é complicada, existe um zilhão de teorias que comprovam biologicamente a diferença entre os instintos sexuais. Essas teorias entram em choque com o pensamento e as ações de muitas mulheres de hoje. Eu acho inegável a diferença entre o comportamento sexual do homem e da mulher, só não sei se fico com a teoria biológica ou cultural. Nos ensinaram tantas coisas, tantas condutas, isso afeta com certeza nossa maneira de lidar com as relações amorosas, sexuais. Eu vejo muita diferença. A outra questão... Mulher trai, lógico. E não necessariamente pra se vingar, que besteira! kkkkkk... Sempre falo pra minha irmã, primas e amigas... Não vivemos em cápsulas, as situações existem e podem nos surpreender... O próprio conceito de traição pode variar de opinião. O que é traição pra mim, pode não ser pra outra pessoa. A última questão é a mais difícil de responder pra mim. Eu estou solteira, e de verdade, não sei se por opção minha ou dos homens, kkkkkk. Não nesse momento atual da minha vida, que tenho estado pilhada com outras histórias. Depois tu propões uma enquete.


MTL: rsrsrsrsrsrsr


Ingrid Castro: Tanto os homens quanto as mulheres traem. Particularmente não acho bacana a traição, termina todo mundo se machucando, inclusive quem traiu. Odeio essa frase: Mulher não trai, se vinga!!! Traição vingativa!!! É peso!!! Não acredito nisso. Quanto ao desejo do homem e o da mulher, com certeza são diferentes, e são despertados de maneira diferente também. Diante de tantas opiniões relacionadas a isso, vou citar uma que acho bacana: “O estímulo da mulher vem pelo ouvir, e o estímulo do homem pelo olhar”. Claro que um não elimina o outro, mas acredito muito nisso. Acho que muitos homens não sabem despertar o desejo da mulher, falta sensibilidade. A intimidade pode ser uma aliada para o aperfeiçoamento do relacionamento. Ah! Solterisse às vezes é opção mesmo, às vezes a mulher é muito exigente, e às vezes é falta de quem queira mesmo, kkkkkkk.


Roberta Lígia: Ao contrário do homem, que costuma ter seus impulsos sexuais centrados no instinto, acredito que a mulher, em regra, costuma racionalizar mais a sexualidade. Lógico que isso não quer dizer que ela não vai ter desejos, mas seus genitais não têm decisão determinante (kkkkkkkkkk...). Ela costuma exigir uma boa abordagem e só aí o seu corpo vai seguir o impulso da razão. Quanto a frase "mulher não trai, mulher se vinga"... Isso vai depender de cada caso. Se formos pensar que não há sentimento, que é algo mecânico, então lógico que pode haver apenas vingança - uma vingança no seu estado puro, se é que podemos chamar assim. Mas essa vingança também pode vir acompanhada de uma boa traição - a vingança no seu estado sujo, com uma mistura de amor (pelo "affair") e ódio (pelo ex). Se sou a favor?? NÃO. Prefiro pensar que as coisas podem ser resolvidas e depois cada um segue a sua vida. Aliás, tem coisa melhor do que beijo apaixonado?!! rsrsrsrsrsrs...Em relação a estar solteira... Às vezes queremos simplesmente estar sozinhas ou não temos muitos pretendentes que realmente nos encante. Outras vezes, essa opção pode não ser nem nossa. Apenas sei que os homens também se apaixonam e sofrem, assim com a gente. Além disso, ainda não descobriram a fórmula para deixar de amar ou para amar só quem nos ame.


Kassandra Brandão: Gostei muito da resposta da Ingrid. Realmente, o estimulo da mulher vem no ouvir e o do homem no olhar. Traição é um assunto, sempre, muito delicado. Há mulheres que se vingam sim, e eu fui a única que falou isso aqui. Concordo com o que todas falaram. Mas só para deixar claro, eu não quis dizer que são todas as mulheres que se vingam e nem que isso acontece em todos os casos de traição feminina. Por isso que digo que é delicado falar sobre o assunto. É preciso saber o que ocorreu na relação para acontecer a traição, antes de julgar. Existem "N" motivos. Enfim... escrevi apenas para complementar minha resposta acima.


MTL: Pra terminar esse papo com um assunto mais leve e como estamos no Mal Traçadas Linhas, vamos falar um pouco de teatro. Como vocês enxergam o teatro em João Pessoa hoje? Falta um toque feminino a frente das produções, não é? Ainda há setores que vocês não se fazem muito presentes.


Fernanda Barbosa: Eita... Teatro... Acho que estou meio fora de forma pra dá esse tipo de opinião.


Kassandra Brandão: Nosso teatro paraibano está cheio de talentos, com poucas oportunidades! E temos atrizes lindíssimas e talentosíssimas! Falta sim mais mulheres a frente de produções teatrais, o nosso toque feminino!


Adeilma Bastos: O teatro, assim como diversas segmentos culturais da cidade são ainda muito falocráticos, mas afinal a culpa é de quem? Eu não sei responder. Talvez das mulheres que não mostram suas produções, porque elas existem, e isso todos nós sabemos.


Ingrid Castro: Realmente são poucas mulheres nas áreas a fins do teatro. Mas as poucas atuantes fazem bonito. Na luz: Marinalva Rodrigues, no figurino: Tainá Macedo, na direção: Eleonora Montenegro (Claro rsrsrsrsrsrs), nos palcos são muitas, viu!!!! Lindas e maravilhosas.


Roberta Lígia: O importante é que as mulheres do teatro paraibano estão em todas as áreas. Muitas são talentosas e com grande potencial, e estão tomando o seu espaço, mostrando a sua "cara".



MTL: Muito obrigado a todas. Creio que tivemos uma discussão de nível e com questionamentos que dizem muito da mulher de hoje. Suas últimas palavras para os nossos leitores.


Kassandra Brandão: Queria dizer que adorei participar desse bate papo e dizer que nós mulheres somos guerreiras sim, trabalhamos fora, estudamos, cuidamos dos filhos, do lar, do marido, de nós mesmas e de salto alto! Claro que essa frase não é minha, mas gosto dela! Nós mulheres merecemos respeito em todas as áreas! Aliás... Todos os sexos merecem respeito! Beijão, Joht!


Adeilma Bastos: De fato, muito interessante a proposta de discussão, pois muitas vezes não paramos para sistematizar certas reflexões em torno do nosso cotidiano como mulheres numa sociedade falocrática, machista e perseguidora, que ultrapassa, inclusive esses limites, visto que a origem desses males está mesmo é no sistema capitalista que nos educa a desamar o próximo e buscar sempre obter vantagens, sejam elas quais forem e, uma boa engenharia do capitalismo foi de fato aprofundar o sexismo. Namastê!


MTL: Namastê.


Roberta Lígia: Guerreira e frágil, amante e amada, feminista e feminina, forte e delicada, mãe e filha... Somos MULHERES! Obrigada pelo espaço. Muito interessante a sua proposta.


Fernanda Barbosa: Bem leitores, se vocês chegaram até o fim. Obrigada pela atenção! E obrigada, Joht, por propiciar um espaço tão interessante. Abraços a quem por aqui passar...


Ingrid Castro: E VIVA AS MULHERES!!! RSRSRSSRSRSR


MTL: VIVA!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 17 de maio de 2009

E rolou mais um Poesia Encenada

E eu estava lá


Kleber Marone, Thardelly Lima e Ricardo Lucena com seus prêmios

Pois é, tivemos mais um ano do festival competitivo promovido pelo SESC João Pessoa. O Poesia Encenada encarou com muito sucesso sua quinta edição entre os dias 12 e 14 deste mês; premiando poetas, atores e espetáculos. Foram ao todo oito premiações. Os melhores até o 5º lugar, a melhor poesia e o melhor interprete levaram R$ 1000,00 pra casa. Ainda houve um prêmio surpresa, o de Revelação do Festival, que foi para Fugindo do Horizonte do jovem Gustavo Limeira.


Fugindo do Horizonte, defendida pelo Grupo Skena, com direção de Flávio Ramos

Vimos de tudo no festival. Coisas ruins, claro, mas muito coisa interessante também. Pessoalmente tive gratas surpresas. Vi Kassandra Brandão defendendo com duas amigas um poema, numa performance leve e sem maiores pretensões, indo pra final e com muita dignidade dando conta do recado. Vi Thardelly Lima vencer o festival levando o primeiro lugar e o prêmio de melhor interprete; sozinho em cena, dominando o público e suas potencialidades corpóreo-vocais, nos colocando no bolso boquiabertos. Vi meu grupo (Grupo Graxa de Teatro) passar pra final com as três poesias que estávamos defendendo. Vi Vladimir Santiago no primeiro dia de eliminatória, lindo em cena, e infelizmente não indo pra final...


Amanda Nunes, Priscila Six e Kassandra Brandão, interpretes de Meu Sonho Azul

Vi Belinha, uma menina que em meados de 2002/2003 estreou na Feira (direção de Humberto Lopes) junto com Joevan Oliveira e Roberta Lígia, de novo em cena e pensei, que bom ela se dar novamente a chance de voltar a fazer teatro. Vi Helisa Cavalcanti se permitindo voar sobre novos horizontes e ser selecionada para participar do festival com sua poesia. Vi meu filho e Cinthya Nascimento, amigos de Helisa, tentando defender o poema da amiga. Vi Márcio Barcelar muitas vezes em cena e em várias versões. Vi meus concorrentes, meus colegas de oficio, preocupados e tentando abafar o som de um celular que tocava sem parar durante uma de minhas apresentações... por um acaso, o meu celular.

Me vi correndo, morto de fome, já de figurino, tentando fazer uma boquinha no coquetel de lançamento da exposição Palavras Compartilhadas e olhar de lado e ver que os outros participantes tiveram a mesma idéia. Vi Ingrid Trigueiro e Zé Hilton, cansados da correria do dia a dia e mesmo assim atenciosos à maratona de julgar 34 trabalhos. Vi Diocélio Barbosa, também jurado, nos presentear com seu palhaço super engraçado.


Trupe Arlequin abrilhantou o festival

O mais legal desses eventos, além do fomento cultural, é o grande encontro. Poetas, atores, diretores, músicos, todos juntos num mesmo espaço, trocando idéias e reverenciando a arte. Claro que bebemos, conversamos besteiras, torcemos pelos amigos, lamentamos algumas asneiras, mas tenho certeza que as sementes plantadas nesse evento crescerão como ciprestes gigantes.

Eu fico escrevendo e lembrando das coisas. As emoções. A primeira e mais forte creio ter sido quando momentos antes de entrar em cena com Sulcos, Cotidiano... Michel Costa, o autor da poesia que eu e Mayra Montenegro estávamos representando, animado, fotografando os bastidores, sem querer, tropeçou na garrafa de vinho que iríamos usar na performance. O bichinho! Parecia que o mundo tinha acabado. Eu no mesmo momento pensei, vai no faz de conta mesmo e vai funcionar. Cely Farias, coordenadora do nosso grupo, em meio ao rebuliço que se formou, já vinha com uma latinha de Fanta Uva, quando Michel usando seus super poderes de músico-poeta-concorrente se teletransportou pra algum lugar do mundo e voltou com uma nova garrafa de vinho. Claro que não era o Piagentini que Mayra havia comprado, mas quem não tem cão, caça com o Padre Cícero mesmo. Foi tudo e deu tudo certo e em meio a tudo isso aprendi que tomar uma latinha de Fanta Uva não mata ninguém, principalmente no calor que fazia naquele momento.



O mais engraçado foi que no dia da final, para prevenir qualquer acidente com a garrafa, colocamos previamente o vinho dentro do liquidificador e o deixamos num canto seguro da coxia. Seguro? Estou bem bonitinho me arrumando do outro lado do SESC quando o Zebra (técnico de teatro do SESC) chega perguntando se estamos com algum problema com Dionísio: “Eu ainda tentei segurar o copo, mas foi tarde demais”. Onde estava Michel com seus super poderes? Tinha avisado que não poderia ir por que estaria trabalhando. O que fazer? Olhei para Joevan (companheiro do Graxa) e perguntei: Joe, tem dinheiro aí? Compra ali duas latinhas de Fanta Uva que chegou o dia dela! Pior que Mayra tinha comprado um vinho mais caro ainda para a final. Nem lembro o nome agora... Também não importa. Deixamos a Fanta aberta até segundos antes da apresentação pra tirar o gás e novamente deu tudo certo. Afinal eram apenas “uvas e uma lembrança” (trecho de Sulcos, Cotidiano...).


Adriele Daniel e Joevan Oliveira em Beijo Dobrado de Sandoval Fagundes

Outro momento marcante que fica se repetindo na minha cabeça, foi o anúncio dos finalistas do primeiro dia. Nós estávamos todos juntos. Tantos os componentes do Graxa, quanto os poetas por nós representados e vários amigos próximos. Muita emoção os três trabalhos irem pra final. Abraços, gritaria... Uma super vitória para o nosso grupo... mas modéstia a parte Sulcos, Beijos Dobrado e Flor de Mandacaru estavam lindos mesmo.


Flor de Mandacaru de Ely Porto, com Cely Farias

O festival teve um crescimento enorme da sua ultima versão para a desse ano. Tínhamos até um palquinho bacana com o mínimo de infra-estrutura. A organização foi super bem comandada por Chico Noronha e Ronaldo Zebra. Tomara que os meninos continuem assim e que ano que vem seja ainda melhor. Curti muito o lance das premiações, a forma e as quantias oferecidas. Existe um festival parecido em Varginha - MG, que inclusive está com as inscrições abertas, mas as premiações não chegam nem aos pés da nossa. Pra quem se interessar: www.vivaculturavga.com.br.


Eu e Mayra Montenegro em Sulcos, cotidiano... de Michel Costa

Pois bem, gente; acho que por hoje é só. Um grande beijo no coração de todos e que venham outros eventos como esse, não é?

Ah! Beber vinho ruim e Fanta Uva valeu a pena também por Sulcos ter ganhado o prêmio de melhor poesia... deu um sabor todo especial! rsrsrsrsrsrssr






Notícia que achei na net sobre o resultado final do Festival Poesia Encenada:
Cultura
Sexta, 15 de Maio de 2009 - 11h06

Sai ganhadores do V Poesia Encenada

Uma mistura que vem dando certo entre as artes de escrever poesia e encenar teve sua coroação na noite da última quinta-feira (14) com a final do V Festival de Poesia Encenada, promovido pelo setor de cultura do Serviço Social do Comércio, Regional da Paraíba. Melhor poema para Michel Costa com 'Sulcos, cotidiano'; melhor intérprete Thardely Lima com 'Esperar'; e revelação para Gustavo Limeira com 'Fugindo do horizonte'.
A noite da disputa final, que ocorreu na Área de Lazer do Sesc Centro, contou com muitas atrações como apresentações do projeto Leituras em Cena, que apresentou dramatizações da peça de Miguel Falabela e Maria Carmem Barbosa, “Submarino”, com direção de Larissa Hobbi; abertura da exposição “Palavras compartilhadas”, da artistas carioca Rosana Ricalde; lançamento do livro “Plumagem” de Fidélia Cassandra, com apresentação do jornalista Astier Basílio; e, por fim, a encenação das 16 poesias finalistas.
Os oito troféus foram entregues “Esperar” de Ricardo Lucena (1º lugar); “A daga dos Severinos quando o Sertão virou mar” de Misael Batista (2º lugar); “Terra do nunca” de João Araújo (3º lugar); “Alegoria de vida” de Jerônimo Vieira (4º lugar); “A saga do poeta oferecido” de Ranieri Marques (5º lugar).
Para o vencedor da noite, Ricardo Lucena, que sua poesia e intérprete escolhidos como melhor obra, “a importância do SESC em promover um festival como esse só engrandece o lado cultural do estado da Paraíba, pois existem bons autores e atores, e unir as duas artes é o ápice de promover a cultura como fonte do saber”, revelou o poeta após receber a premiação.
A comissão julgadora foi composta por Diocélio Barbosa (ator); Dudha Moreira (atriz); Ednamy Cirilo (representante da Associação Anjo Azul); Ingrid Trigueiro (atriz / arte educadora); Mabel Dias (poeta / jornalista); Petra Ramalho (chefe da Divisão de Literatura da FUNJOPE e mestra em Teoria Literária); Políbio Alves (poeta / representante da entidade cultural Cuba-Brasil); Zé Hilton Souza (ator e grupo Ser Tão Teatro); José Tonezzi (professor da UFPB); Fidélia Cassandra (cantora / escritora); Suellen Brito (atriz e grupo Ser Tão Teatro).

Lista de apresentação das poesias finalistas:

Esperar (Ricardo Lucena)

Fugindo do horizonte (Gustavo Limeira)

Flor de mandacaru (Ely Porto)

Terra do nunca (João Araújo)

Palhaçada (Heleno Júnior)

Perdigueiros do acaso (Valmir Neves)

A saga de um poeta oferecido (Raniere Marques)

Alegoria de vida (Jerônimo Vieira)

Sulcos, cotidianos (Michel Costa)

Meu sonho azul (Priscila Six)

Advinha (Ângela Mendes)

Aprendi com a chuva (Chico Viola)

Beijo dobrado (Sandoval Fagundes)

A saga dos Severinos quando o Sertão virou mar (Misael Batista)

Gênese (Jerônimo Vieira)

Discurso da pele (Lau Siqueira)

Da Assessoria de Imprensa do Sesc Centro

FONTE: http://www.portalcorreio.com.br/entretenimento/matler.asp?newsId=81857

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Flávia se abre e mostra tudo!


Mal traçadas Linhas trás hoje uma tentativa de retratação com a amiga, quase jornalista, quase professora de português, quase magra e bombadeira de plantão: Flávia Tatiane Braga Alencar. Ciumenta, a criatura “geiseana” teve um ataque e quase batia em mim por que não havia foto dela no último post: “mas é muito desparate de sua parte me subjugar a uma mera citação... odio! Volto aqui mais nuncaaaaaaaaaaaaa!” Tentando fazer com que Monga volte para a jaula, vamos fazer uma entrevista exclusiva com essa amiga maravilhosa e “branda”.


FTBA: É minha querida Oprah Winfrey (mais branca e mais peluda, será?) minha vida é denotada por um sentimento de "QUASEDULIDADE" danada... eu tô quase sempre lá, mas to vivendo. Nessa de "quase sempre" eu fui capa da CARAS por meses consecutivos, dei o que falar e dei sem falar uma palavra se quer: muda! Porém, nunca estática. Eu sou assim: absurda e “uplodada”! Sou Ava Gardner do meu tempo e nada modesta.


MTL: (ignorando a reação da entrevistada) Flávia, você como filha de militar, teve uma vida meio cigana. Nasceu em Manaus, morou em Fortaleza... a quanto tempo esta em João Pessoa? Foi difícil esse chamado do vento norte que permeou por tanto tempo a sua vida?


FTBA: Eu sinto um quê de "perigo" por parte do entrevistador! Me chama de cigana, faz referências as minhas mudanças constantes disfarçando com a informação da minha filiação de caráter militar, daqui a pouco me chamará de gorda... é da vez que rompo com esse veiculozinho... Esse negócio do vento do norte é uma alusão ao fato de eu ser nascida em Manaus, é? Eu nasci na selva... Em tenra idade eu já passeava com os Tarzans disponíveis... Tá bom! Com os nem tão disponíveis também... Ôh! Besteira... Tô em João Pessoa há 10 anos?! Que isso tem a ver, hein?... Teve nada difícil não... mas, mamãe teve que comprar os móveis dela um mói de vezes... E eu, hoje em dia, falo quase um dialeto que permeia vários sotaques espalhados pelo Brasil... Próxima pauta, tic!!!!!!!


MTL: (ignorando a resposta da entrevistada) Você acha que essa sina nômade tem algo a ver com você ainda não ter uma graduação, apesar de ter ajudado a centenas de pessoas a se graduar, já que trabalha com “digitação” e é notoriamente um “poço” de sapiência?


FTBA: (milhões de risos) Eu não sinto o perigo mais não, eu vejo o perigo nas palavras desse MTL desgraçado que me ignora a todo instante. O fato de eu não ser graduada tem relação com minha inquietude interna, que não me deixa racionalizar um trabalho monográfico (apesar de fazê-los aos montes pros outros), além de uma frustração pessoal que é dada em função de escolhas passadas... O lance de ser nômade não foi escolha e, sim, uma maneira de obter três propriedades (sou uma mulher herdeira) devidamente compradas com o dinheiro que o exército destina aos militares que se transferem de uma Unidade de Serviço Militar para outra. Quanto ao fato de ser um poço de sapiência (obrigada pela parte que me toca), mas você errou de amigo... Esse tal de poço é Joevan (um Google ambulante que funciona sem wireless).


MTL: Você esta sendo modesta ou realmente acha Joevan mais inteligente que você em todos os sentidos?


FTBA: Joevan é um sábio. Gosto do conhecimento dele, pois é globalizado, diferentemente da maior parte de nós, meros mortais. Em todos os sentidos? Não sei. Acho que não. A Lógica dele sempre me pareceu muito falha, além do que a autoconfiança dele sempre exacerbada ao invés de ajudá-lo, vez por outra lhe trai. Além disso, outros assuntos de cunho não cabível aqui deixam uma certa incógnita no ar, no mar, na rua, na chuva, na fazenda e numa casinha de sapê... tic?!


MTL: Volta e meia você é procurada pelos jornais escritos e televisados porque conseguiu emagrecer 50 quilos. Te incomoda esse fato ter virado notícia? Tem planos de voltar a emagrecer ou já fez as pazes com seu corpo e esta feliz como está agora? Que acha dos regimes milagrosos que prometem emagrecimento, já que você, mesmo acompanhada por um batalhão de médicos, voltou a engordar? Podemos falar desse assunto?

FTBA: Quando aceitei participar desse talk show no mínimo “duvidoso”, sabia dos riscos que corria (risos), querida Oprah. O fato de virar notícia foi dado pelo meu ego inflado decorrente da grande vitória de perder não 50 quilos mais sim 54 enormes quilos. Eu no fundo gostava. Eu voltei a me policiar (novamente não tenho metas a atingir, busco bem estar), se bem que eu tenho uma ruma de roupas novas que eu adoraria usar (risos). Eu aprendi o caminho das pedras e por motivos de força maior (QUE EU NÃO IREI COMPARTILHAR COM VOCÊ E SEUS LEITORES) eu voltei a comer erroneamente. Eu já fiz todas as dietas do mundo, filho. A propósito, o único batalhão que me acompanhou foi o batalhão de bofes que eu peguei nos meses seguintes ao me encontrar dentro de um manequim “38”, queridinho.


MTL: Vamos falar um pouco de política. Sua posição ao votar sempre é de centro-direita, o que é antagônico com sua postura social. Digo, não condiz com seu modo de agir, de pensar, de se relacionar socialmente. Todo o seu estar é de esquerda. Como você explica isso?


FTBA: Uma vontade de ir pra Paris. Eu sou capitalista. E não me envergonho disso. Nada tem a ver com direita e esquerda, até porque eu me confundo toda com isso... sempre aperto a seta errada na hora de entrar pra direita e esquerda (dirigindo)... já fiz de um tudo pra decorar. Você acha que eu não dirijo por quê?


MTL: Você sempre foi conhecida como uma pessoa de arroubos passionais. Hoje percebemos uma mudança no seu comportamento. Isso se deve a sua recente conversão ao protestantismo?



FTBA: (Risos admirados com a boa vontade do entrevistador). Percebemos quem cara pálida? Continuo a mesma, apenas mais madura (muito bom esse lado dos anos passados). Eu sou um espírito que anda e fala (e como fala). Minha religião é Deus. Acredito em Energia, no Cosmos, em Aroma Terapia e sempre que posso faço Feng Shui. Ai! Quase esquecia: curto também os florais que você aprendeu com Eleonora e me ensinou, se pudesse tomaria litros, juntos com copos imensos de água viva.


MTL: Sabemos que já teve algumas experiências cênicas, mas nunca foi uma área do conhecimento que você teve um real interesse de se aprofundar. Nunca passou pela sua cabeça que essa poderia ser a solução pra uma suposta decisão profissional na sua vida? Atualmente você prestou vestibular para Administração e passou. Realmente pretende terminar esse curso?



FTBA: Experiências cênicas, cínicas... Eu gostei, mas não nasci pra estudar essas coisas. Não entendo um monte de coisas, e olha que eu permeio esse meio artístico há pelo menos 10 anos. Gosto de gerir... seja lá o que for. Eu gosto de me sentir no comando. Sou uma gestora nata e nada modesta.


MTL: Sabemos que você gosta de esportes. Principalmente de futebol. Também sabemos da sua amizade com a parcela homossexual da sociedade. Numa partida entre héteros e homossexuais, você jogaria em que time?


FTBA: (ignorando a ambigüidade da pergunta) Eu seria juíza (ridículo você, risos). Eu gosto de esportes. Eu não gosto de futebol, eu gosto do Bocca Juniors (time argentino). Transito bem em qualquer espaço que esteja inserida. Fazer o que? É o meu jeitinho.



MTL: Vamos agora dar umas rapidinhas?


FTBA: Pra te ser sincera não sou das mais afeitas pras rapidinhas. Mas já que você insiste. Segura ai pra vê se demora ao menos 10 minutos.


MTL: Uma cor?


FTBA: De burro quando foge. Alguém conhece essa?


MTL: Uma roupa?


FTBA: Todas que são acompanhadas com aquela etiquetinha vermelha (promocional) da C&A.


MTL: Uma mulher?


FTBA: Aurélia Camargo (personagem do Romance Senhora – de José de Alencar).


MTL: Um homem?


FTBA: Pra amantes e afins qualquer um que tenha pelo menos 1.80m, muita paciência, e disposição. Pra amigo um que seja companheiro suficiente pra suprir as lacunas que o amante sempre deixa.



MTL: Um ator?


FTBA: Achou mesmo que eu ia dizer Joht Cavalcanti? Tire seu cavalinho da Chuva! Eu passo!


MTL: Uma atriz?


FTBA: Eu gosto da Fabíola Morais. Boa que só, né meninooooooooooooooo!??!!


MTL: Um filme?


FTBA: Numa rapidinha tu tem a cara de pau de me pedir isso. Sou cinéfila. Não tem condições não. Mas o último que eu assisti (ontem) é bem legal: Che! E tem até o Rodrigo Santoro, que pra mim não influi e nem contribui. Já o Benicio Del Toro (no papel do Che) meu Deus! Rendeu viu na minha imaginação fértil. Não vou mentir. Que delícia!


MTL: Um livro?


FTBA: Toda a coleção História e Consciência do Mundo, do Gilberto Contrim. Eu tenho até hoje os meus exemplares das finadas quinta a oitava série do primeiro grau.


MTL: Uma refeição?


FTBA: Tudo que tenha milho, queijo, cebola e açúcar (menos mel e rapadura).


MTL: Amor?


FTBA: Dói. Sempre dói. De uma forma ou de outra acaba machucando. Mas quem consegue viver sem?


MTL: Falando em amor, como anda seu coração? Namorar é uma prioridade na sua vida atual?


FTBA: Não. (Tá! Não era uma rapidinha?). Não!!!


MTL: Queria agradecer sua participação no Mal Traçadas Linhas. Espero que com essa entrevista qualquer ranço causado pelo post anterior tenha sido sanado.


FTBA: Eu não espero nada. (Abusada).



MTL: Gostaria de dizer algo a mais para os nossos leitores?


FTBA: Gente eu presto serviços monográficos, viu?! Quem quiser pode me ligar (88847015) que eu acabei de comprar um computador novo e to precisando pagar. Também presto serviços de outras ordens, tô estudando propostas e aberta a negociações... Cuidado com a maldade! Não pode ser indecente (quer dizer, depende) e, sobretudo, não pode engordar (isso é definitivo). Um beijo.

Obs: Fernanda, o word permanece colocando o trema, querida. Vou tirar nada. Fique a vontade pra ler sem dar cabimento a isso.

domingo, 10 de maio de 2009

Falando de amizade para os amigos no Dia das Mães


DONA NINA

Hoje é dia das mães e agora já são 17h08. Já tá acabando, mas não quero falar sobre a data festiva em si, quero falar sobre amizade. Amizade? Sim! Tava com minha mãe até agora e estava me divertindo muito. Quando cheguei em casa, chega deu um vazio. Tenho dez milhões de coisas pra fazer, mas se não escrever isso agora, vou explodir. Vou falar de amizade, juro!

MAINHA E EU

Acho que a primeira melhor amiga de qualquer pessoa é a mãe. Só que no caso dela é mais 500. Mãe, como amigo, diz a verdade ou gostaria de dizer a verdade que você quer ouvir; mãe acalenta, mesmo quando não concorda com a manha; mãe lê sua mente e sente... as vezes sem racionalizar direito o acontecido, mas sempre saca o que esta se passando. As vezes mesmo distante, ela pressente. Mas não vou falar de mãe, juro!

GILSON E EU

Inclusive mandei um vídeo pra uma série de um jornal de tevê, agradecendo a dona Nina por tudo que ela fez e tem feito por mim. Pena que ela não viu. Mas deixa isso pra lá, vamos falar de amizade. Para começar com essa pauta, tenho que falar de Gilson, até porque “todos passam, menos Gilson” (piada interna). Me lembro a primeira vez que Gil foi lá em casa e eu do banheiro pedi pra mainha preparar um café pra ele. Ela com todos os pulmões, num tom quase blasé diz: “Eu não!”.


Tenho certeza que toda minha veia cômica vem dela. Inclusive, estive em cena com um grande amigo, Vladimir Santiago, com um texto inspirado numa das marmotagens de mainha. Não sei se Acomodada é do tempo de vocês, mas o fato era que se tratava de um “texticulo” de meia lauda, no qual eu retratava uma cena da minha infância. Painho e mainha discutindo no banheiro (hoje nem sei mais se era discussão mesmo) e escutamos o barulho de vidro quebrando. Quando mainha enfim sai do banheiro, eu pergunto o que havia acontecido. Ela responde, com um sorriso nos lábios, que tinha quebrado uma garrafa de Pinho Sol na cabeça do meu pai. Ela hoje nega esse fato, mas lembro que a cena ocorreu.















VLAD E EU EM ACOMODADA


Se é pra Falar de amizade, também não posso esquecer de Joevan. Mainha sempre odiou Joevan! Na verdade eles nunca se deram a chance de se gostarem. Principalmente porque mainha odeia homem de cabelo grande. Não sei se preconceito bobo dela ou da igreja que ela frequenta, mas com Joe, foi rancor a primeira vista. Ele também nunca fez questão desse laço afetivo. Então nunca rolou uma aproximação. Só sei que dia desses esse menino teve que cortar o bendito-cabelo-fruto-da-discórdia e dias depois foi assaltado. Quando eu contei pra mainha do ocorrido, era tanto compadecimento, que até nome dele, que sempre fez questão de trocar por algum apelido como “o cabeludo” ou então “aquele menino”, ela lembrou na hora. Quase chorava de aperreio.


JOE NAS DUAS VERSÕES



Lembro de Fernanda e Flávia lá em casa e todos rindo com as coisas de mamãe. Lembro de ir com Ingrid no rodízio de pizza com ela, lembro dela contando de um encontro com Celly num hospital. São muitas histórias e creio que boa parte de vocês, amigos, devem ter alguma história com Dona Nina. Uma figura aquela senhora!














EU E FERNANDA

EU E INGRID

Falar de amizade nos dia das mães é muito fácil. Não só porque alguns amigos são amigos da minha mãe também, mas principalmente porque ela sempre foi uma grande amiga pra mim. Ela sempre foi uma grande mãe. Amo muito e devo tudo a ela. Acho uma pena só ter me dado conta disso tão tarde. Só com um pouco mais de maturidade. Se tivesse sido antes, tinha aproveitado mais, discutido menos e percebido que “Fulaninho não era amizade pra mim”, que “pra beber todo mundo é amigo”, que “amigo é hoje e não amanhã” e tantos outros provérbios e ditados populares (muitos deles inventados por ela ou por vovó ao certo). Quando somos mais jovens, são somente palavras ao vento, mas quando crescemos vemos que sendo apenas palavras repetidas ou não, são verdades no coração delas, que por vezes, estão cobertas de razão... outras não, né Joe? rsrsrsrsrsrsrs

Feliz Dia das Mães, meus amigos.


Obs.: Aos amigos não citados, peço desculpas. Amo todos vocês!